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Palmeiras vence no Maracanã e afunda o Botafogo na lanterna

Valdivia e Henrique decidem, e Verdão volta a vencer fora. Derrota em casa combinada com a vitória do Coritiba sobre o Criciúma prejudica Bota

Por Rio de Janeiro
  • artilheiro
    Henrique
    Henrique contou com uma boa jogada individual de Valdivia no início do segundo tempo para, com estilo, marcar seu 13º gol no Campeonato Brasileiro.
  • deu errado
    Pressão
    Em desvantagem no placar, Vagner Mancini mandou o time para o ataque com Wallyson, Yuri e Rogério. A tática, porém, não deu resultado.
  • apito
    Fabrício Correa
    Com muitas faltas marcadas em lances de toques de mão, Fabrício Neves Corrêa conseguiu irritar botafoguenses e palmeirenses no Maracanã.
Botafogo e Palmeiras entraram em campo na noite desta quarta-feira, no Maracanã, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, para disputar uma decisão. Brigando para fugir das últimas colocações, as duas equipes fizeram um jogo tenso, e o triunfo por 1 a 0 aliviou os paulistas e afundou cariocas na última colocação. O jogo marcou o retorno de Fernando Prass à meta alviverde. Ele não jogava desde o dia 4 de maio, quando sofreu lesão no cotovelo direito, e fez boas defesas.
O resultado levou o Palmeiras aos 31 pontos e manteve o Botafogo com 26. Enquanto os paulistas subiram para a 13ª colocação, os cariocas foram superados pelo Coritiba, que venceu o Criciúma, fechando a rodada na lanterna.

Depois de uma primeira etapa com poucas oportunidades para ambos os lados, os paulistas contaram com quatro minutos de lucidez do seu ataque para definir a vitória. Valdivia fez jogada individual pela esquerda e cruzou para Henrique, artilheiro do Brasileirão com 13 gols (ao lado do cruzeirense Marcelo Moreno), marcar com estilo.
As duas equipes voltam a campo no sábado, pelo Campeonato Brasileiro. Às 18h30, o Botafogo encara o Corinthians, na Arena da Amazônia, em Manaus. Às 21h, o Palmeiras recebe o Grêmio, no Pacaembu.
Botafogo x Palmeiras - Maracanã  (Foto: André Durão)

Valdivia foi um dos grandes destaques do Palmeiras no Maracanã (Foto: André Durão)

Poucas chances para os dois times
Pressionado pelo mau momento vivido no Brasileirão e pelos diversos problemas fora de campo, com salários atrasados e dispensa de jogadores, o Botafogo começou a partida tentando buscar o ataque. Mas, com muitos desfalques, esbarrou na fragilidade do setor ofensivo. Com pouca criatividade, os cariocas passaram a apostar nos chutes de longa distância e nas bolas aéreas. Foi assim que levaram perigo ao gol de Fernando Prass: na primeira chance, Rogério arriscou de fora da área e obrigou o palmeirense a fazer boa defesa; na segunda, André Bahia e Zeballos se atrapalharam dentro da área e desperdiçaram grande chance de abrir o marcador.

Com três volantes, o Verdão não mostrou um nível técnico muito diferente dos botafoguenses. Valdivia tentou algumas arrancadas, mas foi prejudicado pela grande quantidade de passes errados da equipe. A melhor chance de gol da primeira etapa saiu em uma bola cruzada pelo chileno, que Cristaldo cabeceou com perigo.

Artilheiro palmeirense decide

Um pouco mais tranquilo em campo, o Palmeiras viu suas principais peças desequilibrarem no início da segunda etapa. Logo aos quatro minutos, Valdivia fez jogada individual pela esquerda e cruzou para a grande área. Henrique dominou bonito e bateu com estilo para tirar o zero do placar. Precisando de um resultado positivo, Vagner Mancini mandou o Botafogo ao ataque, sacando Airton e colocando Wallyson.

A tática fez os donos da casa ocuparem mais espaço no setor ofensivo, mas os erros de finalização e, principalmente, a boa atuação do goleiro Fernando Prass seguraram a pressão alvinegra.

Apostando nos contra-ataques, o Verdão perdeu pelo menos três grandes chances de matar o jogo, em jogadas de Valdivia, Leandro e Allione. As oportunidades desperdiçadas acabaram não fazendo muita diferença para os visitantes, que voltaram a vencer uma partida fora de casa no Brasileirão após quase cinco meses - a última havia sido no dia 18 de maio, contra o Vitória, em Salvador.