Impasse emperra votação de limite de poder para Assumpção no Deliberativo
Presidente
do conselho, José Luiz Rolim, diz que não há consenso na comissão de
crise. Membro alega que recuo é por postura de Rolim à frente de junta
eleitoral
A
comissão de crise, por ora, recuou com relação ao pedido de convocação
de sessão extraordinária para votação de uma limitação de poderes para o
presidente Maurício Assumpção nos últimos meses de sua gestão à frente
do Botafogo. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, José
Luiz Rolim, o email enviado no início da semana
não chegou por ter faltado um ponto no seu endereço. Mas ele confirmou
ter recebido nesta quinta-feira mensagens dos membros da comissão,
incluindo o presidente Gustavo Noronha, que está em viagem, explicando
que, por falta de consenso em relação à solicitação, o grupo terá de se
reunir de novo antes de formalizar o pedido. Por outro lado, Carlos
Eduardo Pereira, membro da comissão e candidato à presidência, afirmou
que o recuo é em função da postura de Rolim na presidência da junta
eleitoral e cogita até fazer o pedido de limitação de poderes na
Justiça.
Segundo Rolim, não foi passada qualquer previsão de quando a comissão de crise se reunirá novamente. Ele disse ter conversado com membros da comissão que confirmaram o "desencontro". Inicialmente, a comissão cogitava pedir o afastamento de Assumpção da presidência, mas com o curto prazo até a eleição e a dificuldade de se obter os votos necessários, optaram por solicitar a votação de uma limitação de poderes ao presidente, que passaria a ter de submeter ao aval do grupo qualquer assinatura ou rescisão de contrato, incluindo dos jogadores. A medida seria para evitar a assinatura de novos acordos com antecipação de receitas da próxima gestão e controlar medidas como a rescisão com quatro atletas na reta final do Brasileiro (Émerson Sheik, Bolívar, Julio Cesar e Edílson).
- Houve um desencontro entre os membros da comissão e recebi um email do Gustavo Noronha, todos os membros aliás me mandaram emails, dizendo que em função de uma divergência de propósito o pedido teria de ser suspenso por enquanto. Alguém enviou email com a solicitação antes, mas com o endereço errado, então não chegou. E esse pedido tem de vir assinado. Mas relevei isso, não é o principal, só que não chegou. Mandei o meu secretário entrar em contato com eles e um dos membros da comissão me disse ontem (quarta-feira) que não chegaram a uma conclusão sobre os objetivos da sessão - explicou Rolim.
Segundo Rolim, não foi passada qualquer previsão de quando a comissão de crise se reunirá novamente. Ele disse ter conversado com membros da comissão que confirmaram o "desencontro". Inicialmente, a comissão cogitava pedir o afastamento de Assumpção da presidência, mas com o curto prazo até a eleição e a dificuldade de se obter os votos necessários, optaram por solicitar a votação de uma limitação de poderes ao presidente, que passaria a ter de submeter ao aval do grupo qualquer assinatura ou rescisão de contrato, incluindo dos jogadores. A medida seria para evitar a assinatura de novos acordos com antecipação de receitas da próxima gestão e controlar medidas como a rescisão com quatro atletas na reta final do Brasileiro (Émerson Sheik, Bolívar, Julio Cesar e Edílson).
- Houve um desencontro entre os membros da comissão e recebi um email do Gustavo Noronha, todos os membros aliás me mandaram emails, dizendo que em função de uma divergência de propósito o pedido teria de ser suspenso por enquanto. Alguém enviou email com a solicitação antes, mas com o endereço errado, então não chegou. E esse pedido tem de vir assinado. Mas relevei isso, não é o principal, só que não chegou. Mandei o meu secretário entrar em contato com eles e um dos membros da comissão me disse ontem (quarta-feira) que não chegaram a uma conclusão sobre os objetivos da sessão - explicou Rolim.
Mauricio Assumpção cumpre seu último ano de mandato como presidente do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O
presidente do Deliberativo afirmou não saber quando essa decisão será
tomada de forma definitiva. Ele repetiu que, no caso de o pedido ser de
fato formalizado, convocará imediatamente a sessão extraordinária.
- Eles vão conversar e, se for o caso, encaminham de novo o pedido de convocação. Eu já havia dito que convocaria imediatamente, mas eles suspenderam a petição. O Gustavo então me disse para aguardar uma nova reunião da comissão.
Informado das declarações de Rolim, Carlos Eduardo Pereira afirmou que ocorreu um problema na reunião de quarta-feira da junta eleitoral em relação à homologação das chapas. Ele diz que uma das chapas possui membro com menos de três anos de associado, o que impediria que seu nome estivesse na lista. Por outro lado, afirmou também que membros de outras chapas foram questionados por inadimplência de pagamento. Se a questão não for resolvida, ele fala até em atraso do processo eleitoral. O pleito para votação do novo presidente do Botafogo está marcado para 25 de novembro.
- O Rolim recebeu o email (no início da semana), se ele está dizendo que não recebeu, temos de acreditar na posição dele. Ontem (quarta-feira) houve uma reunião da junta eleitoral que é presidida por ele. E a reunião não foi nada positiva, a junta se posicionou de uma forma que não seguiu os preceitos do estatuto. Não aceitamos o entendimento da junta e pedimos um prazo para dar resposta. Tem tudo a ver uma coisa com a outra (o problema na junta com o recuo no pedido da comissão). A partir do momento que o processo está sendo conduzido pelo Rolim, alinhado com a situação, me parece que precisa uma análise melhor do pedido diante dos fatos. Vamos estudar se essa medida é mais eficaz ou é melhor partir para outro tipo de atitude, como ir à Justiça. O Gustavo está na Índia, embarcando para o Brasil. Vamos ter um outro encontro e tentar entender essa mudança.
Pereira explicou a sua visão do problema na junta eleitoral:
- O Rolim propôs que todas as chapas aceitassem uma substituição ampla de nomes que a junta entendeu que fossem irregulares, mas eram apenas divergências de pagamento. Mas tem um nome na chapa de situação que não tem três anos que clube, que é um vício insanável, então impugnamos a chapa da situação e em contrapartida veio o Rolim propor um acordo. Não vamos participar de nenhum acordo que possa ferir as regras do estatuto. Se nada mudar, isso pode até atrasar o processo eleitoral.
- Eles vão conversar e, se for o caso, encaminham de novo o pedido de convocação. Eu já havia dito que convocaria imediatamente, mas eles suspenderam a petição. O Gustavo então me disse para aguardar uma nova reunião da comissão.
Informado das declarações de Rolim, Carlos Eduardo Pereira afirmou que ocorreu um problema na reunião de quarta-feira da junta eleitoral em relação à homologação das chapas. Ele diz que uma das chapas possui membro com menos de três anos de associado, o que impediria que seu nome estivesse na lista. Por outro lado, afirmou também que membros de outras chapas foram questionados por inadimplência de pagamento. Se a questão não for resolvida, ele fala até em atraso do processo eleitoral. O pleito para votação do novo presidente do Botafogo está marcado para 25 de novembro.
- O Rolim recebeu o email (no início da semana), se ele está dizendo que não recebeu, temos de acreditar na posição dele. Ontem (quarta-feira) houve uma reunião da junta eleitoral que é presidida por ele. E a reunião não foi nada positiva, a junta se posicionou de uma forma que não seguiu os preceitos do estatuto. Não aceitamos o entendimento da junta e pedimos um prazo para dar resposta. Tem tudo a ver uma coisa com a outra (o problema na junta com o recuo no pedido da comissão). A partir do momento que o processo está sendo conduzido pelo Rolim, alinhado com a situação, me parece que precisa uma análise melhor do pedido diante dos fatos. Vamos estudar se essa medida é mais eficaz ou é melhor partir para outro tipo de atitude, como ir à Justiça. O Gustavo está na Índia, embarcando para o Brasil. Vamos ter um outro encontro e tentar entender essa mudança.
Pereira explicou a sua visão do problema na junta eleitoral:
- O Rolim propôs que todas as chapas aceitassem uma substituição ampla de nomes que a junta entendeu que fossem irregulares, mas eram apenas divergências de pagamento. Mas tem um nome na chapa de situação que não tem três anos que clube, que é um vício insanável, então impugnamos a chapa da situação e em contrapartida veio o Rolim propor um acordo. Não vamos participar de nenhum acordo que possa ferir as regras do estatuto. Se nada mudar, isso pode até atrasar o processo eleitoral.