Botafogo
Oposição pede convocação de Deliberativo por saída de Assumpção
Reportagem do GloboEsporte.com mostrou
que familiares do presidente alvinegro recebem percentual do principal
contrato de patrocínio do clube
Por Vicente Seda
Rio de Janeiro
O grupo "Mais Botafogo", de oposição à atual diretoria presidida por
Maurício Assumpção, divulgará na tarde desta quinta-feira a sócios e em
redes sociais uma carta pedindo que o presidente do Conselho
Deliberativo alvinegro, José Luiz Rolim, convoque os conselheiros para
determinar a saída do atual mandatário do clube. O texto discorre sobre
diversas mazelas alvinegras, da exclusão do Ato Trabalhista, que
limitava penhoras dessa natureza sobre as receitas do clube, à
reportagem publicada na quarta-feira pelo GloboEsporte.com mostrando que
uma empresa controlada por familiares de Assumpção recebe 5% do
principal contrato de patrocínio do Botafogo, com a Viton 44. O
presidente alvinegro admitiu a existência do contrato e o percentual
recebido pela Romar Representações, mas afirmou não haver qualquer
irregularidade.
A Romar foi fundada pelo irmão e pela madrasta de Assumpção e, em 2005, passou a incluir o pai do cartola, que morreu no fim de 2013, como sócio. A sede atual da empresa é na cobertura na qual o pai do presidente alvinegro vivia com Rosimerie de Oliveira Santos. A empresa, como confirmou Assumpção, recebe 5% dos contratos com a Viton 44. A parceria começou em 2010.
Para Carlos Eduardo Pereira, líder do "Mais Botafogo", Assumpção "não tem mais o que fazer no clube". Ele afirmou que o acordo com a empresa de parentes do presidente é parte de uma gestão voltada em 2014, último ano de mandato do cartola, para "favorecimento".
- Isso é o reflexo de uma administração que a gente já vem denunciando há algum tempo, todo o processo dele nesse último ano é no sentido de montar favorecimentos.
Leia a íntegra da carta divulgada pelo "Mais Botafogo":
Rio de Janeiro, em 30 de julho de 2014.
Prezado Sócio do Botafogo de Futebol e Regatas,
Ao longo dos últimos anos o grupo Mais Botafogo tem, com imensa apreensão, revelado-lhe os graves erros, equívocos, decisões temerárias e outros atos lesivos aos interesses do Botafogo, que vem sendo cometidos pelo Sr Maurício Assumpção.
Em abril, percebendo a enormidade e a gravidade da crise em que tínhamos sido colocados pelo presidente do Clube ao, deliberadamente, sonegar ao Tribunal Regional do Trabalho informações referentes ao valor das receitas auferidas pelo Botafogo, provocou nossa exclusão do Ato Trabalhista, solicitamos que o Sr Maurício renunciasse ao cargo ou que, caso não o fizesse, que o presidente do Conselho Deliberativo, usando as prerrogativas do artigo 54 do Estatuto, propusesse a cassação do seu mandato.
Infelizmente nada disto aconteceu e, em nome de uma pretensa preservação do nome do Botafogo, nada foi feito, preferindo-se empurrar a crise com a barriga ou esconder-se dela, como se isso tivesse o poder de resolvê-la.
A consequência está aí, à vista de todos: o problema se agravou, os atrasos salariais foram aumentando. Como um pré aviso o time negou-se a viajar para disputar amistoso em João Pessoa, o ambiente deteriorou-se. O Vice de Futebol deu declarações à imprensa onde ficou patente que não tinha nenhum controle sobre o elenco. Já o presidente, demonstrando desamor pelo Botafogo, ganhou as manchetes de toda a imprensa e a notoriedade que sempre desejou ao declarar, em encontro com a Presidente da República, que estava considerando retirar o time do Campeonato Brasileiro.
Mas, em uma demonstração de que o fundo do poço a que estamos sendo levados por esta administração ainda não foi atingido e que nada está tão ruim que não possa piorar, matéria publicada ontem nos informa que "Empresa de familiares de Assumpção recebe 5% de patrocínio do Botafogo”, o que foi confirmado pelo próprio sr Maurício, o qual, além de tudo, não vê nenhum problema nisto, achando normal remunerar a referida empresa, desde 2010, com mais de um milhão de reais por ano.
Prezados sócios: BASTA!!!!!
É a existência do Botafogo que está ameaçada!!!
É chegada a hora dos verdadeiros BOTAFOGUENSES se manifestarem e exigirem o afastamento deste nefasto senhor do nosso Clube. Ele não é digno de usar o título que foi usado por Flávio Ramos, Paulo Antonio Azeredo, Benjamin Sodré, Carlito Rocha, Althemar Dutra de Castilho, Ney Cidade Palmeiro, dentre tantos grandes Presidentes, estes com P maiúsculo, que engrandeceram o nosso Clube.
Senhor José Luiz Rolim, Presidente do Conselho Deliberativo: assuma seu papel neste momento histórico e convoque, imediatamente, o Conselho para demitir este senhor, responsável por tantos e talvez irreparáveis prejuízos ao Botafogo e que nem mesmo deveria ter o direito de declarar-se botafoguense, do cargo que hora ocupa. Faça isto antes que seja demasiadamente tarde.
Saudações Alvinegras,
Grupo Mais Botafogo.
A Romar foi fundada pelo irmão e pela madrasta de Assumpção e, em 2005, passou a incluir o pai do cartola, que morreu no fim de 2013, como sócio. A sede atual da empresa é na cobertura na qual o pai do presidente alvinegro vivia com Rosimerie de Oliveira Santos. A empresa, como confirmou Assumpção, recebe 5% dos contratos com a Viton 44. A parceria começou em 2010.
Para Carlos Eduardo Pereira, líder do "Mais Botafogo", Assumpção "não tem mais o que fazer no clube". Ele afirmou que o acordo com a empresa de parentes do presidente é parte de uma gestão voltada em 2014, último ano de mandato do cartola, para "favorecimento".
- Isso é o reflexo de uma administração que a gente já vem denunciando há algum tempo, todo o processo dele nesse último ano é no sentido de montar favorecimentos.
Leia a íntegra da carta divulgada pelo "Mais Botafogo":
Rio de Janeiro, em 30 de julho de 2014.
Prezado Sócio do Botafogo de Futebol e Regatas,
Ao longo dos últimos anos o grupo Mais Botafogo tem, com imensa apreensão, revelado-lhe os graves erros, equívocos, decisões temerárias e outros atos lesivos aos interesses do Botafogo, que vem sendo cometidos pelo Sr Maurício Assumpção.
Em abril, percebendo a enormidade e a gravidade da crise em que tínhamos sido colocados pelo presidente do Clube ao, deliberadamente, sonegar ao Tribunal Regional do Trabalho informações referentes ao valor das receitas auferidas pelo Botafogo, provocou nossa exclusão do Ato Trabalhista, solicitamos que o Sr Maurício renunciasse ao cargo ou que, caso não o fizesse, que o presidente do Conselho Deliberativo, usando as prerrogativas do artigo 54 do Estatuto, propusesse a cassação do seu mandato.
Infelizmente nada disto aconteceu e, em nome de uma pretensa preservação do nome do Botafogo, nada foi feito, preferindo-se empurrar a crise com a barriga ou esconder-se dela, como se isso tivesse o poder de resolvê-la.
A consequência está aí, à vista de todos: o problema se agravou, os atrasos salariais foram aumentando. Como um pré aviso o time negou-se a viajar para disputar amistoso em João Pessoa, o ambiente deteriorou-se. O Vice de Futebol deu declarações à imprensa onde ficou patente que não tinha nenhum controle sobre o elenco. Já o presidente, demonstrando desamor pelo Botafogo, ganhou as manchetes de toda a imprensa e a notoriedade que sempre desejou ao declarar, em encontro com a Presidente da República, que estava considerando retirar o time do Campeonato Brasileiro.
Mas, em uma demonstração de que o fundo do poço a que estamos sendo levados por esta administração ainda não foi atingido e que nada está tão ruim que não possa piorar, matéria publicada ontem nos informa que "Empresa de familiares de Assumpção recebe 5% de patrocínio do Botafogo”, o que foi confirmado pelo próprio sr Maurício, o qual, além de tudo, não vê nenhum problema nisto, achando normal remunerar a referida empresa, desde 2010, com mais de um milhão de reais por ano.
Prezados sócios: BASTA!!!!!
É a existência do Botafogo que está ameaçada!!!
É chegada a hora dos verdadeiros BOTAFOGUENSES se manifestarem e exigirem o afastamento deste nefasto senhor do nosso Clube. Ele não é digno de usar o título que foi usado por Flávio Ramos, Paulo Antonio Azeredo, Benjamin Sodré, Carlito Rocha, Althemar Dutra de Castilho, Ney Cidade Palmeiro, dentre tantos grandes Presidentes, estes com P maiúsculo, que engrandeceram o nosso Clube.
Senhor José Luiz Rolim, Presidente do Conselho Deliberativo: assuma seu papel neste momento histórico e convoque, imediatamente, o Conselho para demitir este senhor, responsável por tantos e talvez irreparáveis prejuízos ao Botafogo e que nem mesmo deveria ter o direito de declarar-se botafoguense, do cargo que hora ocupa. Faça isto antes que seja demasiadamente tarde.
Saudações Alvinegras,
Grupo Mais Botafogo.