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Por enquanto, Jobson fica no Brasiliense

Luiz Estevão recusa proposta do Botafogo e reafirma que existem outros interessados no atacante

Roberto Wagner - Especial para o Correio Brasiliense

A negociação que envolve a ida de Jobson para o Botafogo está se encaminhando para um final não muito feliz para o jogador. A proposta botafoguense no mínimo estranha mostrada na íntegra antes do duelo contra o Figueirense pelo homem forte do Brasiliense, Luiz Estevão, não agradou ao clube candango.

“Se eu tivesse aceitado todos estariam sabendo. Como não saiu nada, é claro que eu recusei. Com essa modalidade de contrato não dá. E também não fizemos contraproposta”, explicou Luiz Estevão, em entrevista ao Correio. As variáveis (1) sugeridas pelo time alvinegro já tinham sido motivo de chacota. “Com esse tipo de contrato eu compro o time do Botafogo inteiro”, ironizou Luiz Estevão, ainda no sábado.

O motivo da recusa do Brasiliense é o formato de contrato oferecido pelo Botafogo. Mesmo com o empresário de Jobson, Antenor Joaquim, garantindo que a proposta é de R$ 1,8 milhão (valor final da negociação), a oferta financeira para o momento foi de apenas R$ 200 mil para poder contar com o jogador por empréstimo até o fim de 2010. “Fiz isso para ficar bem clara a proposta. Aliás, vou fazer isso sempre, para que não haja mais de uma versão”, declarou Luiz Estevão.

Somente em caso de um novo pagamento do clube carioca, no valor de R$ 400 mil, o jogador permaneceria por mais um ano no Botafogo e assim sucessivamente, até o clube conseguir totalizar a proposta de R$ 1,8 milhão. No entanto, os novos débitos ficariam a cargo do Botafogo. Caso não quisesse mais contar com o futebol de Jobson, bastaria ao clube devolvê-lo ao Brasiliense, portanto, sem quitar a quantia de R$ 1,8 milhão.

Ciente da recusa do Brasiliense, o empresário de Jobson disse que o Botafogo estuda outra oferta. “Ele (Luiz Estevão) pediu mais, porém, querer, todo mundo quer muito, mas temos que chegar a um denominador comum”, avisou.

De acordo com Luiz Estevão, outros clubes do País e até um estrangeiro perguntam sobre Jobson. “Ontem (sábado) mesmo me ligaram de fora do Brasil ratificando o interesse”, garantiu o homem forte do clube.

1 - As quatro variáveis

Fica desde já acordado que, em caso de pagamento no valor de R$ 400 mil até 30/9/2010, o Botafogo passará a ser detentor de 15% dos direitos econômicos e, por consequência, o contrato será prorrogado até 31/12/2011, e o salário do atleta passará para R$ 40 mil em 2011. Fica desde já acordado que, em caso de pagamento de mais R$ 400 mil até 30/1/2011, o Botafogo fará jus a mais 15%, totalizando 30%, e, por consequência, o contrato será prorrogado até 31/12/2012. Os direitos federativos serão repassados ao Botafogo e o salário do atleta passará para R$ 50 mil. Fica desde já acordado que, em caso de pagamento de mais R$ 400 mil até 30/5/2011, o Botafogo fará jus a mais 15%, totalizando 45% e, por consequência, o contrato será prorrogado até 31/12/2015; em caso de pagamento de mais R$ 400 mil até 30/7/2011, o Botafogo será detentor de 60%; Multa rescisória: US$ 6.000.000.000


MAIS UM DESAFIO PELA FRENTE

O Brasiliense volta a campo amanhã, às 21h50, para encarar o Bragantino, em São Paulo. O time embarcou ontem pela manhã e hoje fará um novo treino, que provavelmente definirá a equipe do confronto. Iranildo está à disposição, após cumprir suspensão.


"É claro que eu recusei. Com essa modalidade de contrato não dá"

Luiz Estevão, homem forte do Brasiliense



"Querer, todo mundo quer muito mais, mas temos que chegar a um denomirador comum"

Antenor Joaquim, empresário de Jobson