Torcedores ameaçam desistir de pagar salários após cartões vermelhos
Grupo
que se prontificou a quitar direitos de imagem do elenco alvinegro se
irrita com expulsões contra o Bahia, dia 17, mas reunião de emergência
apazigua situação
As três expulsões na derrota por 3 a 2 para o Bahia, dia 17, causaram prejuízo ao Botafogo. Mas não apenas dentro de campo. Além de perder Ramírez (que já cumpriu suspensão), Julio Cesar e Emerson Sheik (que precisarão cumprir três jogos, segundo decisão em primeira instância do Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Alvinegro viu perigar o apoio financeiro de torcedores.
Insatisfeitos com o comportamento dos atletas em campo, de seis a oito integrantes do grupo de 14 botafoguenses chegaram a anunciar a desistência da contribuição para quitar direitos de imagem dos atletas.
Assim, o segundo pagamento do grupo ficou em risco até a
noite da última segunda-feira, quando foi convocada uma reunião de emergência.
O objetivo era amenizar a insatisfação desses torcedores e retomar o sistema de
contribuição que já foi responsável por um pagamento. Aparentemente a situação
foi resolvida, e a expectativa é de que nesta quarta-feira a parcela mensal dos
direitos de imagem dos atletas seja paga.
Sheik, Julio Cesar e Ramírez no tribunal: expulsões prejudicaram Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein)
- O objetivo dessa ajuda financeira era exatamente acalmar os jogadores, e eles
fizeram aquilo dentro de campo contra o Bahia. Aí fica difícil - disse um dos
integrantes do grupo, resumindo a insatisfação destes torcedores.
No
elenco, houve um clima de apreensão. Embora não seja uma
obrigação destes torcedores que decidiram contribuir, os jogadores
contavam com
o pagamento, e o fato de ele não ter ocorrido como inicialmente
anunciado gerou até insatisfação em alguns
atletas. Recentemente a diretoria do Botafogo conseguiu quitar alguns
salários usando os recursos dos contratos para a disputa de partidas do
Campeonato Brasileiro em Brasília e Manaus. No próximo dia 5 o clube vai
completar três meses de atraso nas carteiras de trabalho e sete meses