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Defesa do Botafogo falha, Robinho aproveita, e Santos vence no Rio

Em noite de lesões de Jefferson e Sheik no Alvinegro carioca, Peixe volta à Vila Belmiro com ótima vantagem para ir à semifinal da Copa do Brasil

Por Rio de Janeiro

  • artilheiro
    Robinho
    Uma partida especial para Robinho. Principal destaque do Peixe no Maracanã, ele marcou duas vezes e chegou a 101 gols com a camisa santista.

  • deu errado
    defesa do Bota
    Erros individuais do sistema defensivo botafoguense foram determinantes para o resultado. Gabriel, Dankler e Jefferson falharam nos gols do Peixe.

  • plantão médico
    desfalques
    Além da derrota parcial de 3 a 1, o Botafogo foi para o intervalo com dois grandes problemas. Machucados, Jefferson e Sheik foram substituídos.

Em fase irregular no Campeonato Brasileiro, botafoguenses e santistas entraram em campo na noite desta quarta-feira, no Maracanã, apostando na Copa do Brasil como uma possibilidade de salvar a temporada de 2014. E o primeiro capítulo das quartas de final da competição mata-mata deixou os paulistas em vantagem no confronto: vitória do Peixe por 3 a 2, em noite de Robinho. Para o bem e para o mal – foi o 101º confronto entre os dois times, e os santistas agora levam vantagem: 37 vitórias contra 36 do tradicional rival. Antes de a bola rolar e durante o intervalo, o telão do estádio fez homenagens a Pelé e Garrincha, os maiores nomes de Botafogo e Santos em todos os tempos, respectivaente.


Ídolo da torcida santista, o camisa 7 teve a colaboração da defesa adversária para deixar a equipe em grande vantagem na disputa. O atacante marcou duas vezes no Rio de Janeiro e chegou a 101 gols com a camisa santista. Mas um cartão vermelho no fim do jogo, depois de ele ter perdido chance incrível cara a cara com Andrey, acabou manchando uma noite que tinha para ser toda especial. Geuvânio, para o Peixe, e Gabriel e Zeballos, para o Botafogo, fecharam o placar. Com o resultado, os paulistas levam para São Paulo a vantagem do empate e de poder perder por até um gol de diferença caso os cariocas marquem, no máximo, duas vezes.

Em péssima fase na temporada, os botafoguenses ganharam mais problemas para a sequência no Brasileirão e também na Copa do Brasil. Além dos atrasos de salários e direitos de imagem, o clube terá mais dor de cabeça: machucados, o goleiro Jefferson e o atacante Emerson Sheik foram substituídos ainda no primeiro tempo.

Como o jogo de volta do mata-mata será disputado somente no dia 16, às 20h30, na Vila Belmiro, as duas equipes voltam suas atenções para a disputa do Brasileirão. No sábado, o Peixe terá novo compromisso no Maracanã, mas desta vez contra o Flamengo, às 16h20. No mesmo dia e horário, o Botafogo encara o Vitória, no Barradão, em Salvador (BA).

Robinho comemora gol do Santos contra o Botafogo (Foto: Wilton Junior / Agência estado)

Robinho comemora um dos gols do Santos contra o Botafogo (Foto: Wilton Junior / Agência estado)

Defesa do Bota vacila, Robinho agradece

Em situação difícil fora das quatro linhas, os jogadores do Botafogo deixaram de lado as polêmicas com a diretoria e entraram em campo tentando pressionar o Santos. Com Júnior César na lateral e Wallyson no ataque, os alvinegros buscaram o ataque principalmente pela esquerda. E foi por ali, com esses personagens, que os donos da casa chegaram pela primeira vez com perigo ao gol santista. Após pela lateral, a bola para o atacante, que bateu de primeira e obrigou Vladimir a cair no canto esquerdo e salvar o Peixe.

Para tirar o Botafogo do ataque, o Santos tentou adiantar a marcação para dificultar a saída de bola. A tática deu certo aos 24 minutos, mas os visitantes contaram com colaboração da defesa carioca. Jefferson lançou Gabriel na entrada da grande área, mas Robinho roubou a bola, tabelou com Damião e tocou na saída do goleiro para marcar o seu 100º gol com a camisa do Peixer. Não deu nem tempo para os paulistas comemorarem ou os cariocas reclamarem do vacilo: no minuto seguinte, Gabriel acertou lindo chute no ângulo e empatou o duelo.

A rápida recuperação até poderia empolgar os botafoguenses. Mas um novo vacilo defensivo serviu para esfriar os ânimos. E Robinho não perdoou. Após tabela com com Cicinho, o atacante ganhou de Dankler e bateu cruzado para fazer 2 a 1. Procurando novamente uma resposta imediata, os cariocas quase igualaram o marcador no minuto seguinte, mas o auxiliar acertou ao marcar impedimento de Ramirez dentro da pequena área. Satisfeito com o resultado, o Santos passou a apostar na velocidade do seu ataque para contragolpear. Com Geuvânio, os visitantes assustaram aos 39 e ampliaram o placar aos 42, quando o atacante bateu cruzado e contou com colaboração de Jefferson: 3 a 1.

Zeballos marca, e Robinho é expulso

Sem Jefferson e Emerson Sheik, que deixaram o campo machucados, o Botafogo contou com o apoio da torcida para "voltar" ao jogo. Empurrado pelas arquibancadas do Maracanã, os donos da casa devolveram emoção ao confronto logo aos 11 minutos. Após cruzamento de Dankler pela direita, Zeballos se aproveitou do mau posicionamento da dupla de zaga do Peixe e, de carrinho, desviou de Vladimir para fazer 3 a 2.

Preocupado com a pressão botafoguense, que buscou controlar o jogo no meio de campo com a entrada de Bolatti na vaga de Airton, Enderson Moreira não perdeu tempo e mexeu na equipe santista: saíram Leandro Damião e Geuvânio para as entradas de Patito Rodríguez e Alan Santos. Com o argentino na frente, o Santos continuou apostando no contra-ataque. E teve chance para ampliar a vantagem aos 31, quando Robinho recebeu ótimo passe dentro da grande área, mas tentou driblar o goleiro e parou em Andrey.

Os anfitriões passaram a pressionar, deixando buracos que o Peixe não aproveitou – Alan Santos perdeu gol inacreditável aos 44, livre na pequena área após cruzamento de Lucas Lima. Protagonista da noite, que tinha tudo para ser inesquecível para ele, Robinho acabou manchando sua atuação nos minutos finais com o cartão vermelho por causa de simulação. Mas, a expulsão acabou não interferindo no resultado e manteve os paulistas em vantagem para o jogo de volta – e o Santos não precisa mais montar um esquema para o camisa 7, que estará servindo à seleção brasileira, para tê-lo no jogo de volta.