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Vasco: Pressão não para de crescer, mas Roberto Dinamite resiste em renunciar

Roberto Dinamite está praticamente sozinho dentro de São Januário
Roberto Dinamite está praticamente sozinho dentro de São Januário Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo
Bruno Marinho

Roberto Dinamite está convicto em continuar presidente do Vasco até o fim de seu mandato, apesar das pressões que tem sofrido para que deixe o posto. Acuado, o dirigente disputa um dos jogos mais difíceis de sua vida, praticamente sem ter com quem tabelar. Ele resiste o quanto pode à pressão, cada vez maior, para que renuncie o mais rapidamente possível.

A pessoas próximas, ele garantiu que não assumirá a culpa sozinho pela grave crise que o clube atravessa, o que ficaria implícito se aceitar o pedido de conselheiros e vice-presidentes e se afastar da presidência.

Um dos poucos que ainda panfletam ao lado de Dinamite é Antônio Peralta. Coube ao vice-presidente geral o papel de apaziguador na reunião que ocorreu no fim da noite de quarta-feira.

- Os conselheiros e alguns vice-presidentes não conhecem a magnitude exata do Vasco, o sofrimento que é estar à frente do clube. O Roberto está muito triste — revelou Peralta.

Mesmo assim, o presidente foi bombardeado por ex-aliados. Quem esteve no encontro testemunhou um dirigente cabisbaixo, incapaz de responder a muitas das cobranças feitas. Ao ser questionado por que ainda mantinha o diretor geral Cristiano Koehler, respondeu que aceitaria demiti-lo, mas que para isso esperava que os presentes indicassem nomes para substituir o executivo gaúcho.

Dinamite também prometeu procurar interessados em assumir as pastas da vice-presidência de finanças e de marketing, sem comando desde as saídas de Nelson Rocha e Eduardo Machado, respectivamente.

Para completar, o presidente já não tem mais o apoio incondicional de Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral e um dos principais financiadores da atual gestão. Internamente, ele articula a possibilidade de antecipar as eleições, para que Dinamite deixe a presidência antes do previsto sem necessariamente entregar o cargo.