Vasco: Pressão não para de crescer, mas Roberto Dinamite resiste em renunciar
Roberto
Dinamite está convicto em continuar presidente do Vasco até o fim de
seu mandato, apesar das pressões que tem sofrido para que deixe o posto.
Acuado, o dirigente disputa um dos jogos mais difíceis de sua vida,
praticamente sem ter com quem tabelar. Ele resiste o quanto pode à
pressão, cada vez maior, para que renuncie o mais rapidamente possível.
A
pessoas próximas, ele garantiu que não assumirá a culpa sozinho pela
grave crise que o clube atravessa, o que ficaria implícito se aceitar o
pedido de conselheiros e vice-presidentes e se afastar da presidência.
Um
dos poucos que ainda panfletam ao lado de Dinamite é Antônio Peralta.
Coube ao vice-presidente geral o papel de apaziguador na reunião que
ocorreu no fim da noite de quarta-feira.
- Os conselheiros e
alguns vice-presidentes não conhecem a magnitude exata do Vasco, o
sofrimento que é estar à frente do clube. O Roberto está muito triste —
revelou Peralta.
Mesmo assim, o presidente foi bombardeado por
ex-aliados. Quem esteve no encontro testemunhou um dirigente cabisbaixo,
incapaz de responder a muitas das cobranças feitas. Ao ser questionado
por que ainda mantinha o diretor geral Cristiano Koehler, respondeu que
aceitaria demiti-lo, mas que para isso esperava que os presentes
indicassem nomes para substituir o executivo gaúcho.
Dinamite
também prometeu procurar interessados em assumir as pastas da
vice-presidência de finanças e de marketing, sem comando desde as saídas
de Nelson Rocha e Eduardo Machado, respectivamente.
Para
completar, o presidente já não tem mais o apoio incondicional de Olavo
Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral e um dos principais
financiadores da atual gestão. Internamente, ele articula a
possibilidade de antecipar as eleições, para que Dinamite deixe a
presidência antes do previsto sem necessariamente entregar o cargo.