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Sem falar de Bota, Seedorf cita greve e exalta recorde de jogos em um ano

Holandês destaca trabalho que o manteve em condições de atuar no clube, mas não responde sobre sua permanência e a saída do técnico Oswaldo de Oliveira

 

Por Rio de Janeiro


Sempre que comparece a um evento específico, Seedorf não fala sobre outros assuntos. Assim, em entrevista coletiva depois de sua palestra no Footecon 2013, o holandês se recusou a responder sobre sua permanência no Botafogo ou a saída de Oswaldo de Oliveira.

Seedorf mostrou preocupação com o futuro do futebol brasileiro e admitiu a possibilidade de uma greve, atitude cogitada pelo Bom Senso FC, caso os pedidos do órgão não sejam atendidos.

- Isso significa que gosto muito do Brasil, dos brasileiros. O país me deu muita coisa. A troca é me preocupar em ajudar a melhorar - disse Seedorf, que acredita no bom senso.

- Somos trabalhadores e se no diálogo não conseguirmos outras ações devem ser feitas para que a decisão seja tomada por quem deve tomar. Mas gostei da reunião e não vai chegar a esse ponto.

FOOTECON 2013 Seedorf e Mancini  (Foto: André Durão ) 
Seedorf ao lado de Vagner Mancini, técnico do Atlético-PR, no Footecon 2013 (Foto: André Durão )
 
Sobre o calendário, Seedorf voltou a citar a diferença de dias entre o último jogo de uma temporada e o primeiro da seguinte. Na Europa, segundo ele, é de 85 dias. Aqui, teria uma média de 35.

- O calendário do Brasileiro é muito puxado para todos. Vários garotos de 20 anos tiveram lesão muscular duas ou três vezes no ano. Eu trabalhei muito com o Alex Evangelista, meu fisioterapeuta (e do Botafogo) e foi maravilhoso. Fiz 57 jogos esse ano (recorde pessoal) por isso. Há pessoas de bom nível profissional aqui. Na Europa, há coisas boas que o Brasil pode pegar e há coisas aqui que a Europa poderia pegar para aplicar - comentou Seedorf.

O holandês citou o nome de Alex Evangelista em um dia no qual o Botafogo demitiu o fisiologista Altamiro Bottino e os preparadores físicos Leandro Cardoso e Marlos Almeida. O próprio Alex e outros membros da comissão técnica tiveram reuniões durante esta terça-feira, mas não suas situações seguem indefinidas, inclusive a de Gabriel Oliveira, filho de Oswaldo, que trabalha como analista de desempenho. O treinador deixou o clube na segunda-feira.