Seedorf sugere datas do Brasileiro intercaladas com as dos estaduais
Jogador do Botafogo pede melhor distribuição de jogos e diz que nacional deveria ser disputado durante o ano inteiro: 'O calendário é um problema'
Seedorf acha que problema não é quantidade de jogos, mas a sua distribuição (Foto: André Durão )
Seedorf
apresentou uma sugestão de mudança no calendário do futebol brasileiro
em sua participação no Footecon, fórum de gestão que é realizado há dez
anos no Rio de Janeiro. Ele não levou anotações e deu opiniões fortes,
pedindo o fim da malandragem no país, em mesa ao lado de Felipe Ximenes,
ex-gerente do Coritiba, Américo Faria, superintendente do Boavista, e
Vagner Mancini, técnico do Atlético-PR, mediada por Fernando Gonçalves,
executivo da Traffic.
Seedorf sugeriu a disputa do Campeonato Brasileiro em dez meses. Mas manteve os campeonatos estaduais e pediu que fossem realizados de forma intercalada ao Brasileiro, o que tornaria a competição mais longa, mantendo o número de jogos.
- O calendário é um problema, sim. Não é a quantidade de jogos, mas a distribuição. Fiz uma proposta sem perder nada de usar o Brasileiro o ano todo e levar mais para frente o estadual, que seria valorizado. Seria uma opção para o treinador fazer rodagem de jogadores. Às vezes, há alguns com salários importantes no banco que ficam sem jogar e, assim, teriam seus minutos. Dessa forma, os clubes não mandariam mais embora o treinador tão rapidamente - disse o holandês.
A opinião de Seedorf foi diretamente contrária ao que Américo Faria apresentou. Ele mostrou números que, em sua análise, diziam que o Brasil precisa na verdade de mais jogos. Para ele, os clubes que jogam a Taça Libertadores deveriam se adequar ao calendário, e não o contrário.
Seedorf sugeriu a disputa do Campeonato Brasileiro em dez meses. Mas manteve os campeonatos estaduais e pediu que fossem realizados de forma intercalada ao Brasileiro, o que tornaria a competição mais longa, mantendo o número de jogos.
- O calendário é um problema, sim. Não é a quantidade de jogos, mas a distribuição. Fiz uma proposta sem perder nada de usar o Brasileiro o ano todo e levar mais para frente o estadual, que seria valorizado. Seria uma opção para o treinador fazer rodagem de jogadores. Às vezes, há alguns com salários importantes no banco que ficam sem jogar e, assim, teriam seus minutos. Dessa forma, os clubes não mandariam mais embora o treinador tão rapidamente - disse o holandês.
A opinião de Seedorf foi diretamente contrária ao que Américo Faria apresentou. Ele mostrou números que, em sua análise, diziam que o Brasil precisa na verdade de mais jogos. Para ele, os clubes que jogam a Taça Libertadores deveriam se adequar ao calendário, e não o contrário.
Integrante
do Bom Senso F. C., Seedorf lembrou a necessidade de haver maior
respeito entre todos os setores do futebol. Para ele, há uma preocupação
em ser mais malandro do que o outro para levar vantagem.
- Precisamos mostrar que não é guerra. Todo mundo tem responsabilidade. Devemos convidar todo mundo a fazer o correto. Competência tem muito aqui, não é falta de profissionalismo. É um querer ser mais malandro que outro, só querem ganhar dinheiro e ninguém melhora - comentou Seedorf.
Apesar dos problemas ainda existentes, o holandês acredita no sucesso do futebol brasileiro. Para ele, o potencial é de um líder mundial no esporte.
- O futebol cria expectativa como entretenimento. Não é mais esporte. Precisamos criar um produto melhor, e o potencial do Brasil é para virar o melhor produto do mundo - afirmou Seedorf, que fez questão de falar com Zagallo durante a palestra, lembrando a semifinal da Copa do Mundo de 1998, quando o então técnico da seleção brasileira o convidou para jogar no Brasil, fato que acabou acontecendo no ano passado, ao ser contratado pelo Botafogo.
- Precisamos mostrar que não é guerra. Todo mundo tem responsabilidade. Devemos convidar todo mundo a fazer o correto. Competência tem muito aqui, não é falta de profissionalismo. É um querer ser mais malandro que outro, só querem ganhar dinheiro e ninguém melhora - comentou Seedorf.
Apesar dos problemas ainda existentes, o holandês acredita no sucesso do futebol brasileiro. Para ele, o potencial é de um líder mundial no esporte.
- O futebol cria expectativa como entretenimento. Não é mais esporte. Precisamos criar um produto melhor, e o potencial do Brasil é para virar o melhor produto do mundo - afirmou Seedorf, que fez questão de falar com Zagallo durante a palestra, lembrando a semifinal da Copa do Mundo de 1998, quando o então técnico da seleção brasileira o convidou para jogar no Brasil, fato que acabou acontecendo no ano passado, ao ser contratado pelo Botafogo.