Xodó brilha de novo: Bruno Mendes marca, e Botafogo bate o Figueirense
Atacante marca seu quarto gol em três jogos e mantém time vivo na briga por vaga na Libertadores. Alvinegro catarinense vê rebaixamento mais perto
Sem Elkeson, que não viajou por estar com dores musculares, o técnico
Oswaldo de Oliveira ganhou um problema de última hora. Fellype Gabriel,
que não treinou na véspera da partida, ficou no banco por estar gripado.
Coube a Seedorf atuar mais próximo da área adversária, e Lodeiro, como
um ponta esquerda, ganhou a vaga no meio de campo. E a dupla gringa
funcionou.
Já a dupla de zaga do Figueirense não teve a mesma sorte. Escolhidos
pelo treinador Márcio Goiano, João Paulo e Canuto formaram a décima
dupla defensiva diferente do time neste campeonato, mas não conseguiram
solucionar os buracos cedidos aos visitantes, que já conseguiram vencer
oito jogos no Scarpelli. Artilheiro do time com 12 gols e destaque do
triunfo sobre o Inter, na rodada anterior, Aloísio passou em branco. A
equipe também teve a estreia apagada do meia Thiaguinho, uma das
revelações do estadual catarinense.
O Botafogo volta a campo neste sábado para enfrentar o lanterna
Atlético-GO, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. No mesmo dia e
horário, o Figueirense recebe a Portuguesa no Orlando Scarpelli.
Dupla gringa e Bruno Mendes, as armas do Botafogo
A aposta de Oswaldo mostrou vontade logo no primeiro lance, e quase o
Botafogo abriu o placar numa lambança da defesa do Figueirense. Na
velocidade, Lodeiro invadiu a área pela esquerda, evitou a saída de bola
e cruzou para Seedorf. A bola, que não chegou ao holandês, foi no peito
de Helder. E ao tentar recuar para o goleiro, o lateral acertou a
trave. Como gratidão, a zaga carioca também marcou bobeira e parece ter
esquecido que não há impedimento em arremesso lateral. Aloísio recebeu
livre na área, bateu cruzado, mas Julio Cesar não conseguiu um desvio
suficiente para empurrar a bola para a rede.
Mas quando os donos da casa estavam melhor no jogo, logo após Julio
Cesar acertar um chute improvável no travessão de Jefferson, o Botafogo
chegou ao gol. E com seu novo xodó, Bruno Mendes. Aos 14 minutos, em
tabela com Lodeiro pelo miolo de zaga, o atacante contou com a sorte: se
sua finalização parou em Wilson, a do uruguaio, no rebote, virou uma
assistência para o camisa 38 só completar para o gol vazio. À vontade,
Bruno Mendes foi o destaque do primeiro tempo. Ele driblou, tentou
marcar de letra, mas também foi fominha num lance ao preferir o chute no
lugar do passe para Andrezinho, que estava melhor posicionado.
A vantagem no placar se refletiu em campo, e o Botafogo tomou conta do
jogo. Com isso, Seedorf foi se soltando aos poucos na sua função mais
ofensiva. E depois de algumas tabelas com Andrezinho, o holandês mostrou
categoria para fazer o segundo do time aos 32. De primeira, ele pegou
um rebote e ampliou o marcador após uma saída ruim de Wilson, que tentou
cortar um cruzamento de soco, mas deu nos pés do camisa 10.
O Figueirense, que sempre atacava pela esquerda, nas costas de Lucas,
até assustou em alguns cruzamentos, mas teve Aloísio, sua principal peça
de ataque, apagado. O artilheiro do time no campeonato, com 12 gols,
quase não teve chances de finalizar, e tanto Julio Cesar quanto Ronny
não estavam com a pontaria em dia.
Aloísio acorda, mas Botafogo segura a vantagem
Márcio Goiano resolveu mudar para o segundo tempo e colocou William
Pottker no lugar de Julio cesar. Mas o atacante não conseguiu mudar o
panorama apático do time ofensivamente. E o Botafogo, mesmo com um ritmo
mais lento, continuou levando mais perigo ao gol de Wilson.
Seedorf,
com direito à arrancada do campo de defesa até o ataque, Lucas, muito
acionado na direita, e Bruno Mendes, inspirado, o Alvinegro carioca
esteve perto de ampliar até os 15 minutos.
As outras mudanças do Figueirense foram Guti no lugar de João Paulo na
zaga, e a estreia de Thiaguinho. Ele entrou no lugar do apagado Botti e
teve logo uma ótima chance de marcar aos 17 minutos: recebeu livre na
área, só que não percebeu a saída rápida de Jefferson, que conseguiu
evitar o chute. Mas a principal alteração da equipe não foi uma troca de
jogadores, e sim a evolução de Aloísio. Na etapa final, o camisa 9
chamou a responsabilidade, só que não conseguiu balançar a rede do
Botafogo.