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Secretário explica projeto de redução de dívida dos clubes: 'Não é perdão'

Toninho Nascimento, do Ministério dos Esportes, afirma que Governo Federal quer forçar clubes a oferecer projetos sociais e gerar empregos

 

Por SporTV.com Rio de Janeiro



Como revelou em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo" o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, o Governo Federal prepara um plano de ajuda aos clubes brasileiros. Entre as medidas, estaria a troca da dívida fiscal dos clubes por projetos sociais. Para Toninho Nascimento, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, a intenção é "trocar" o débito por inclusão de comunidades carentes, por exemplo.

- Quando eu assumi o cargo, um dos meus projetos foi a polêmica troca das dívidas dos clubes. Não é perdão de dívida. Os clubes devem algo em torno de R$ 4 a 5 bilhões, mas o importante é a contrapartida social. Você investe no esporte olímpico e ganha uma redução na sua dívida. É um investimento, o Governo quer trocar a dívida por bens, por atividades, por inclusão social - afirmou o secretário, convidado do "Redação SporTV".

Toninho Nascimento ainda defendeu a proposta de acabar com a cobrança de imposto de renda dos clubes. O secretário lembrou que a cobrança só começou em 1998 e que o Coritiba já recorreu à Justiça, buscando a isenção, e ganhou a causa em duas instâncias.
- Se eu, pessoa, deixar de pagar imposto de renda, não vou criar nenhum emprego. Se um clube de futebol não pagar, pode criar vários empregos. No ano passado, o Governo abriu mão de R$ 27 milhões em impostos das montadoras de automóvel, para manter milhares de empregos. O Governo vai ganhar mais em impostos assim.

Para evitar que a dívida volte a crescer, após os descontos e a redução dos impostos, Toninho Nascimento defende punição severa para os clubes e seus dirigentes.

- O que a gente pode fazer para ajudar o pagamento da dívida? A gente pode exigir melhor gestão, aí entra a intervenção do Estado, e o comprometimento financeiros dos dirigentes, que vão ter que dizer quais são seus bens. E o principal, mas a gente precisa de apoio da CBF para adotar isso, seria a perda de pontos nos campeonatos.

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