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Nova cúpula do Botafogo não dá a Oswaldo a palavra final para contratar


Vice de futebol, Francisco Fonseca, classifica nova gestão de clube como um "colegiado"

Núcleo Botafogo - Rio de Janeiro (RJ) 


Francisco Fonseca - Botafogo (Foto: Fernando Soutello/AGIF) 
Francisco Fonseca encabeça mudanças de nomes no Botafogo 
(Foto: Fernando Soutello/AGIF)

A cúpula de futebol alvinegra está alterada na composição e na forma de trabalhar. No processo de descentralização do poder na figura de um gerente de futebol, o clube anunciou Anibal Rouxinol e Sidnei Loureiro como gerente executivo e gerente técnico, respectivamente. Ambos responderão sempre ao vice de futebol Chico Fonseca, que na condição de autoridade máxima na hierarquia, afirmou que o técnico do time – leia-se Oswaldo de Oliveira – não terá a palavra final para contratar.

– Não estou dizendo que isso acontecia ou não acontecia antes, porém, com essa nova estrutura, o treinador será parte do todo, mas o Botafogo é que indica, que monta o elenco. O treinador terá voz sim, pois é ele que bota o time em campo, mas a nova equipe de trabalho vai sugerir nomes para o treinador e o técnico vai acatar ou não. E a palavra final é da diretoria – disse Chico Fonseca.

Em 2012, Oswaldo de Oliveira foi o responsável por indicar reforços como Rafael Marques e Vitor Júnior, que não se configuraram como boas contratações ao fim da temporada. A situação agora muda para o técnico.

– Tudo será definido por um colegiado – comentou Chico Fonseca.

Nesse colegiado, o gerente técnico Sidnei Loureiro será o profissional responsável pelo trato com o técnico no dia a dia de treinos e jogos. Já o gerente executivo Anibal Rouxinol ficará com as questões jurídicas e institucionais do clube. Ao lado da dupla estão duas pastas nomeadas como assessorias financeira e institucionais, que serão comandadas por Marcos Souza e Bernardo Arantes. Todos os nomes citados até aqui já trabalhavam no próprio clube.

– É uma divisão empresarial, mais operacional na divisão das tarefas. Além disso, é simples, pois os profissionais já estavam aqui no Botafogo – disse o mandatário.


Oswaldo aguarda definição sobre seu futuro no Botafogo






O NOVO BOTAFOGO
Chico Fonseca - Vice de futebol
Aníbal Rouxinol - Gerente executivo
Sidnei Loureiro - Gerente técnico
Marcos Souza - Assessor financeiro
Bernardo Arantes - Assessor Institucional
André Alves - Coordenador jurídico
Carlo Carrion - Coordenador de comunicação
Clauber Rocha - Coordenador técnico
Adriano Colares - Coordenador de Administração e Logística
Não divulgado - Coordenador médico


ESTRUTURA AUMENTA MUITO
Além da dupla de gerentes e das duas assessorias, abaixo dessa organização foram criadas cinco coordenações. São elas: Jurídica, técnica, administrativa, de comunicação e médica. As quatro primeiras contam com responsáveis que já trabalham no Alvinegro. Já a coordenação médica será ocupada por um renomado especialista em medicina esportiva, que virá contratado e revelado nos próximos dias.

Dividindo a responsabilidade, os profissionais da cúpula de futebol alvinegra poderão ser cobrados com justiça, disse Chico Fonseca.

– Na minha vivência no esporte, com 16 anos como dirigente do Botafogo, o Anderson Barros (ex-gerente de futebol) foi um dos profissionais mais competentes que conheci. Ele ajudou o Botafogo a se organizar administrativamente. Mas a estrutura na minha opinião era arcaica. Tudo ficava em cima do Anderson. Agora, teremos a quem cobrar com essa nova estrutura – comentou Chico Fonseca.

BATE-BOLA COM CHICO FONSECA

Como funcionará a nova divisão de funções no futebol do clube?
É uma divisão empresarial, mais operacional na divisão das tarefas. O organograma terá dois gerentes: executivo e técnico. Abaixo, cinco coordenações: jurídica e institucional, comunicação, administrativa, médica e técnica. Elas serão subordinadas a essas duas gerências.

Como fica a relação da nova diretoria de futebol com as entidades que comandam o esporte?
Estamos fortalecendo a imagem do Botafogo externamente e acredito que ainda cabe um trabalho mais efetivo na Ferj e na CBF.

Qual será o papel de Aníbal Rouxinol e Sidnei Loureiro na divisão?
O Aníbal terá o controle das questões institucionais e o Sidnei fica com as questões de campo. O trabalho dos dois serão sustentados com as outras coordenações.