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Joia 2013: volante com fama de artilheiro, Dedé espera oportunidades

Capitão do time de juniores e fã de Renato, ele diz estar ansioso para saber se vai para a pré-temporada. Bom momento dos jovens o anima

 

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Com os jovens em alta, os torcedores do Botafogo podem ter mais uma boa novidade na próxima temporada. Destaque da equipe de juniores, o volante Dedé, de 18 anos, surge como uma das grandes apostas. Ele chegou ao clube aos 12 anos indicado por um amigo que jogava nas categorias de base, fez o teste e foi aprovado. Em 2012, teve a oportunidade de ser relacionado nas partidas contra o Cruzeiro e Náutico no Campeonato Brasileiro, mas não entrou em campo.

Dedé, volante Botafogo (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo) 
 
Dedé, volante Botafogo, durante a final da OPG (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)
 
Nos juniores, Dedé é o capitão, dono das bolas paradas e, apesar de não ser um homem de frente, tem como uma das características fazer gols. Na Taça Octávio Pinto Guimarães (OPG) de 2012, marcou cinco e ficou atrás apenas do atacante Sassá, que marcou seis, três nos dois jogos das finais contra o Flamengo.

- Eu marco forte, tenho uma boa transição de bola e faço infiltrações como se fosse um meia. Tenho um bom chute e faço gols. Sempre fui de chegar ao ataque, mas este ano está sendo especial. Fui o artilheiro do time na Taça BH e no torneio que disputamos na Holanda - disse Dedé.

Jair Ventura, que comandou o time sub-20 neste ano, é só elogios ao jogador. Ele considera Dedé um volante moderno e que, apesar de ser jovem, tem maturidade para ir bem no time de cima.


- Ele foi meu capitão, é um líder nato. Volante que sai com muita qualidade e vai bem nas bolas paradas, tanto nas frontais quando nas laterais. Finaliza bem. Foi um dos artilheiros no período que fique no sub-20. É um volante moderno. Ainda tem mais dois anos nos juniores e temos bons jogadores na posição dele mas, se por acaso tiver uma oportunidade, vai corresponder - afirmou Jair, que em 2013 voltará a ser auxiliar na comissão técnica do time profissional.

O desejo de Dedé agora é ser uma peça cada vez mais presente no time alvinegro. A permanência do técnico Oswaldo de Oliveira, que costuma olhar com carinho para os atletas da base, o anima.

- A expectativa é grande, existe a ansiedade para saber se vou ser chamado para a pré-temporada. Vamos ver o que a diretoria e o Oswaldo decidem. Esta atenção aos jovens está sendo importante. As mudanças estão acontecendo no dia a dia e o Oswaldo tem dado as oportunidades. Tem o Jeferson, Dória, Jadson, Gabriel, Cidinho, Renan... Acho que este ano houve uma ênfase maior.

Dedé, volante Botafogo (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo) 
Dedé é o capitão e líder da equipe
(Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)
 
 
Apesar de ainda não ter feito a estreia nos profissionais, Dedé regularmente participa dos treinos e tem contato com os jogadores da equipe principal. Ele disse que especialmente os mais experientes ajudam bastante na adaptação.

 - Eles conversam e ajudam bastante, principalmente o Fellype Gabriel, o Seedorf e Andrezinho. Eles deixam os jovens bastante à vontade, isso é importante. Quando fui relacionado para o jogo contra Cruzeiro lembro que o Andrezinho conversou bastante comigo.

A grande concorrência entre os volantes pode dificultar as coisas para Dedé, mas ele não desanima. Além de Gabriel, Jadson e Renato, Marcelo Mattos e Lucas Zen estão se recuperando de lesão e devem estar à disposição no início do ano.


- Realmente tem bastante gente para este posição. Minha preocupação é fazer o meu trabalho para estar sempre bem preparado se tiver uma oportunidade. O Jadson e o Gabriel subiram há pouco tempo e conquistar o espaço deles, são bons exemplos. A mentalidade tem que ser essa, de estar preparado e agregar valor.

Dedé disse que tem dois jogadores como inspiração: Ramires, do Chelsea, e um que está bem mais por perto: Renato.

- Gosto muito do Renato, acho que ele tem uma saída de bola e um jeito de jogar que me agradam. Admiro o Ramires também, que tem uma transição e uma recomposição muito rápidas. Quando estou no profissional, sempre que podia estava perto do Renato. Ele me deixa bastante à vontade.