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Boleiros sentam na grama, abelhas atacam, e Dunga vira fera: Teve Isso!

Técnico estreia sem saber nomes dos jogadores, cinzas de goleiro são jogadas em trave, e faixa pede Sean Penn em jogo no Interior de SP

 

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro


Está revoltado? Não gostou da atitude do árbitro? Então, senta no gramado. Pelo menos, esta  foi a forma que um técnico e um dirigente, em dois lugares diferentes do Brasil, encontraram para protestar. O "Teve Isso!" desta segunda-feira tem ainda ataque de abelhas, um tropeiro sem ingredientes, um pedido inusitado em forma de faixa, um último desejo de goleiro, e a revolta do técnico Dunga, que não sentou no gramado, mas disparou palavrões.

tropeiro cruzeiro mineirão (Foto: Tarcísio Badaró) 
Tropeiro do Mineirão: sem couve e ovo
(Foto: Tarcísio Badaró)
 
 
'Cadê o zoiudo?'

Os problemas do novo Mineirão ainda são grandes, e um deles é a enorme fila para comprar ingressos, já que só 12 das 60 bilheterias estavam abertas no sábado, antes da vitória do Cruzeiro sobre o Tombense por 3 a 1. Muitos torcedores desistiram e foram embora. Mas o torcedor que conseguiu entrar se decepcionou com outra questão que aflige os mineiros: o tropeiro, prato tradicional do estádio. Alguns cruzeirenses acusaram a ausência de ingredientes.

- Faltaram a couve e o "zoiudo" – disse Warley Silva, se referindo à ausência do vegetal e do ovo frito, normalmente presentes no prato.

O tropeiro do Mineirão custa R$ 10,00 e é servido em uma vasilha plástica de 350 gramas.

Anota a placa!

O temperamento explosivo e apaixonado de Bernardo já é bem conhecido pela torcida do Vasco. O meia costuma se exaltar durante a comemoração de seus gols. Mas desta vez, sobrou para um jornalista que, sem perceber, foi atropelado pelo jogador durante a comemoração do primeiro gol cruz-maltino na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense pela semifinal da Taça Guanabara de 2013.
Após abrir o placar da vitória vascaína, o jovem vascaíno pulou as placas de publicidade para comemorar junto à torcida. Empolgado, o meia se apoiou e derrubou um repórter que estava atrás do gol de Diego Cavalieri, no Engenhão. O rapaz ainda tentou se equilibrar, mas não conseguiu evitar a queda. Deu uma cambalhota cinematográfica.

GOYTAxCANO 10 ambulância entrando (Foto: Priscilla Alves/GLOBOESPORTE.COM) 
Portão do Aryzão quase é arrombado
(Foto: Priscilla Alves/GLOBOESPORTE.COM)
 
 
A chave sumiu!

Aos 26 minutos do segundo tempo do clássico de Campos dos Goytacazes entre Goytacaz e Americano, sábado, pela Série B do Carioca, um lance curioso assustou os presentes. Após se chocar com um adversário, o atacante Laio, do Goyta, chegou a desmaiar em campo.

A ambulância de plantão no local precisava passar pelo portão principal para ter acesso ao gramado e retirar o jogador. No entanto, a chave do cadeado do portão havia desaparecido. Desesperados, os policiais militares que faziam a segurança da partida tentaram arrombar o portão com cassetetes para permitir a entrada da ambulância. Minutos depois, o funcionário responsável pela chave apareceu e conseguiu abrir o cadeado.

Apesar do susto, o atacante se recuperou do desmaio e foi levado para o hospital apenas para a realização de exames complementares. O Goytacaz venceu a partida por 2 a 1, com destaque para o centroavante Clodoaldo, ex-Fortaleza e Ceará.

Último desejo não se pode negar

O ex-goleiro do Náutico Djalma faleceu em agosto de 2012, mas fez um último pedido. Queria que suas cinzas fossem depositadas em uma das barras do estádio dos Aflitos. Ao saber disso, o presidente do clube, Paulo Wanderley, não pensou duas vezes e pediu que a cerimônia fosse organizada. Além de jogarem as cinzas, ainda foi fixada uma placa em uma das traves com os seguintes dizeres. "Aqui foram depositadas as cinzas do goleiro alvirrubro Djalma Cristiano Gomes, campeão pernambucano de 1939".

Djalma Cinzas Náutico  (Foto: Lucas Liausu) 
 
Família do ex-goleiro Djalma joga as cinzas em uma das traves dos Aflitos (Foto: Lucas Liausu)
 
Cláudio Adão treinador do Mixto (Foto: Robson Boamorte/Globoesporte.com) 
Cláudio Adão fala com torcedores
(Foto: Robson Boamorte/Globoesporte.com)
 
 
Adão entre fulanos e beltranos

Chamado de burro durante o jogo e elogiado no fim. Essa foi a tônica do treinador Cláudio Adão, em sua estreia no comando do Mixto. A vitória por 1 a 0 sobre o Vila Aurora garantiu não só os três pontos, mas a tranquilidade de trabalhar para as próximas rodadas. Além disso, ele terá tempo para conhecer melhor o elenco e decorar o nome dos atletas. Como se apresentou só na sexta-feira, ele admitiu que não sabia o nome de nenhum jogador. Era fácil ouví-lo gritando para os jogadores sem se referir ao nome, somente a posição.

- Ô meu lateral, abre. Avança, meu volante. Vai para cima, meia - dizia ele no decorrer do jogo.
Apesar das dificuldades, ele gostou do que viu e elogiou a garra do grupo.
- Foi difícil decorar os nomes. Não conheço ninguém. Fui gravando ao longo do jogo. Parecia que tinha voltado à escola. Mas está bom. Eu cheguei ontem (sexta), talvez devesse ficar nas arquibancadas, mas sou homem e não vim roubar o Mixto – afirmou Adão.

'Jackson Five'

O atacante Jackson foi o grande responsável pela reabilitação do Flamengo-SP na Série A3 do Campeonato Paulista. O Corvo encerrou o jejum de cinco rodadas sem vencer com uma atuação inspirada de seu artilheiro. Jackson marcou os cinco gols da goleada por 5 a 2 do time de Guarulhos sobre a Francana, na manhã deste domingo, no Ninho do Corvo. Com a impressionante atuação, Jackson assumiu a artilharia isolada da Série A3, com 12 gols e ainda ganhou um apelido da torcida ao término da partida: "Jackson Five".

Sete torcedores se arriscaram para acompanhar a partida do São Vicente (Foto: Fúlvio Feola) 
Sete torcedores se arriscaram para acompanhar o
jogo do São Vicente (Foto: Fúlvio Feola)
 
 
Jogo de situações inusitadas

Não era jogo da Libertadores e, muito menos, envolvia um dos maiores clubes do Brasil. Mesmo assim, sete torcedores do São Vicente improvisaram e, com o auxílio de uma estrutura estrategicamente colocada do lado de fora do estádio, acompanharam o duelo entre a equipe local e o Novorizontino, válido pela Série A-3 do Campeonato Paulista. O esforço pouco valeu, já que a equipe da casa foi derrotada por 2 a 1, sofrendo um gol de pênalti no último minuto da partida.

E foi justamente este último lance que causou enorme confusão dentro das quatro linhas, obrigando a entrada do policiamento no campo após a expulsão de dois jogadores do São Vicente. Para completar, o diretor Marcos Martiniano, da equipe da casa, ficou sentado dentro da grande área não deixando a penalidade ser batida. Após mais de 15 minutos de paralisação, Gabriel bateu o pênalti e deu a vitória por 2 a 1 para o clube do interior.

Diretor do São Vicente senta na marca do pênalti para evitar cobranç (Foto: Fúlvio Feola) 
 
Diretor do São Vicente senta na marca do pênalti para evitar cobrança (Foto: Fúlvio Feola)
Esse protesto ainda vai virar moda...

O técnico do Socorrense, Edmilson Santos, nem devia saber do protesto do dirigente acima, mas acabou repetindo um gesto que pode virar moda. Durante a derrota por 2 a 1 para o Confiança, o quarto árbitro Thiago Bomfim de Sena o advertiu com vigor aos 28 minutos do primeiro tempo por causa de sua insistência em sair da área técnica para orientar o time. Para mostrar seu descontentamento com os homens de preto, ele resolveu sentar dentro da área técnica. Com a atitude, Thiago Bomfim chamou o árbitro central, Eduardo de Santana Nunes, que ignorou a denúncia. Dez minutos depois, Edmilson Santos se cansou do protesto e voltou para o banco de reservas.


Edmilson Santos faz protesto inusitado contra arbitragem (Foto: Filippe Araújo / ADC) 
 
Edmilson Santos faz protesto inusitado contra arbitragem (Foto: Filippe Araújo / ADC)
 
 

Sessentão na camisa


Antes de entrar em campo na semifinal contra o Botafogo, na qual acabou derrotado por 2 a 0, o Flamengo fez uma homenagem pelo aniversário de seu maior ídolo, Zico, que completou 60 anos neste domingo. Os jogadores usaram na semifinal da Taça Guanabara uma camisa onde, acima do número, estava uma assinatura estilizada do Galinho de Quintino mesclada com o número 60. Nas arquibancadas, os torcedores também fizeram suas homenagens, e alguns deles levaram máscaras do camisa 10. Mas dentro de campo, quem botou água no chope do "Natal rubro-negro" foi o time do Botafogo, que vai para a decisão do turno enfrentar o Vasco.

torcida do Flamengo no Engenhão para o jogo com o Botafogo (Foto: Guilherme Pinto / Ag. O Globo) 
 
Torcida do Flamengo leva máscaras para o jogo com o Botafogo (Foto: Guilherme Pinto / Ag. O Globo)
 
 
Choques de cabeças

O atacante Luan e o zagueiro Réver, ambos do Atlético-MG, e em dois lances diferentes, sofreram cortes na cabeça, decorrentes de choques com os adversários, e tiveram que ser atendidos em um hospital da região centro-sul de Belo Horizonte. Eles foram atendidos ainda no gramado, levaram pontos dos médicos do clube, mas não tiveram condições de seguir na vitória do Galo por 3 a 1 sobre o Guarani-MG, neste domingo. Réver passa bem, foi liberado e já foi para casa.

Já em um hospital da capital mineira, o jogador levou um total de 26 pontos na testa, chegou a preocupar o departamento médico do clube, mas acabou liberado pouco tempo depois. Em casa, Réver postou em rede social uma foto ao lado da esposa e da filha, sem esconder o curativo.


- Depois do susto e ter levado alguns pontos na testa, já estou em casa sendo medicado e cuidado pelos amores da minha vida - escreveu.

A situação de Luan, no entanto, exige um pouco mais de cuidados. O jogador está em observação, já que os médicos detectaram uma certa confusão mental. Luan não se lembrava bem do que houve e ficou um pouco confuso. Mesmo assim, as primeiras impressões são de um caso não tão grave.

Faixa #vemseanpenn (Foto: Reprodução) 
Faixa #vemseanpenn (Foto: Reprodução)
#vemseanpenn

Uma faixa na arquibancada chamou a atenção dos torcedores durante o jogo Penapolense e São Paulo, na noite deste domingo, em Penápolis. A partida era válida pelo Campeonato Paulista, o Tricolor venceu por 2 a 0, mas os dizeres da faixa sequer eram sobre futebol: #vemseanpenn
Trata-se de uma campanha do filme Colegas, em que um dos atores, portador de síndrome de Down, sonha com a presença do astro Sean Penn no lançamento do filme. O vídeo foi um sucesso na internet. A estreia foi na última sexta-feira, e Sean Penn não veio.

 
Dunga vira fera!

Um fato isolado chamou atenção na vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Esportivo, em Caxias do Sul, neste domingo. Aos 27 minutos do segundo tempo, Dunga acabou expulso pelo juiz Francisco de Silva Neto. Na saída do gramado, ele disse que já esperava uma punição da arbitragem.

O treinador colorado reclamou porque o juiz marcou falta de Juan em cima de Gabriel, do Esportivo, sendo que considerava lance a favor do Inter. Dunga começou então a disparar, ao lado de um dos bandeirinhas, frisando que uma reunião teria ocorrido entre os árbitros para prejudicá-lo.  Acabou recebendo o vermelho.

Na saída do gramado, seguiu falando da arbitragem. Chegou a se abaixar no microfone da televisão para reclamar.

- Fizeram reunião na associação da arbitragem para me f... – disparou.

 
Abelhas atacam em Londrina

A decisão do primeiro turno foi emocionante e disputada em campo, mas Londrina e Coritiba tiveram que lidar com um adversário em comum no segundo tempo. Durante os dez primeiros minutos da etapa final do trinfo alviverde, os técnicos Marquinhos Santos, do Coxa, e Claudio Tencati, do Tubarão, foram atacados por um enxame de abelhas, no Estádio do Café.

Irritados, os insetos buscaram primeiro a cabeça do comandante alviverde, que soube lidar com a situação e não parou de orientar o time na beira do gramado. Na sequência, Tencati foi o alvo da vez. A solução foi aliviar com um repelente especial que estava na mão do massagista. A ação conseguiu contornar o problema. Nem o quarto árbitro conseguiu escapar do ataque.

Dupla jornada

Autor do gol que garantiu o empate em 3 a 3 para o Atlético-AC, aos 49 minutos do segundo tempo, na partida contra o Plácido de Castro pelo Campeonato Acreano 2013, o atacante Rogério Inácio, de 32 anos, mais conhecido como Lelão, também trabalha como motoboy em uma farmácia da capital Rio Branco. Nascido em Viçosa, no interior de Minas Gerais, Lelão atua no futebol acreano há três anos. Segundo o atacante, viver do futebol é algo que ainda não é possível para todos os atletas do país.

- Trabalho na farmácia das 8h às 16h e depois vou treinar. Aqui no Acre e em muitos lugares é difícil viver só de futebol. As minhas contas são pagas com os meus dois salários - afirmou.

Lelão, atacante do Atlético-AC (Foto: João Paulo Maia) 
 
Lelão, atacante do Atlético-AC, garantiu o empate contra o Plácido de Castro (Foto: João Paulo Maia)