Total de visualizações de página

Sem Tostão, Botafogo aposta suas fichas em Pelé para a reta final da Liga

Artilheiro alvinegro no campeonato, jogador de 23 anos vira referência da equipe após saída do ala. Dupla explica origem dos ilustres apelidos

 

Por SporTV.com Rio de Janeiro

Classificado para as quartas de final da Liga Futsal, o Botafogo deposita suas esperanças em um artilheiro com nome de ídolo. Aos 23 anos, o ala Pelé já balançou as redes 13 vezes na competição, o que o credencia a tornar-se referência da equipe, uma vez que o renomado Tostão deixou o clube nesta semana.

Pelé Botafogo Futsal Pelé (Foto: Montagem sobre foto da Gazeta Press) 
Pelé ganhou o apelido em função da semelhança com o Rei (Foto: Montagem sobre foto da Gazeta Press)
Natural de Petrópolis (RJ), Leonardo dos Santos, o Pelé, chegou ao Alvinegro no início do ano. Campeão carioca em cima do Fluminense, ele lamenta a saída de Tostão, duas vezes vencedor da Liga Futsal com o Carlos Barbosa (2006 e 2009).

- Foi uma experiência boa ter o Tostão ao lado. Passou muita experiência para nós que somos mais jovens e procuramos tirar o máximo de coisas boas - afirmou Pelé.

Ex-jogador do Petrópolis, o ala explica a origem do apelido que, em um primeiro momento, veio a contragosto em função da responsabilidade de representar o Rei do Futebol.

- Essa história começou quando eu era bem novinho e jogava em Petrópolis. O motivo é o fato de eu ser pretinho que nem o Rei. No início, não queria ser chamado de Pelé. É um grande peso que a gente carrega, até porque ele foi o cara. Às vezes você pode não jogar bem, e aí as pessoas reclamam e falam que de Pelé só tem o nome - lembrou.

Pelé, Bruno e Mancha comemoram o título carioca do Botafogo (Foto: Orlando Barros/Divulgação) 
Pelé (à esq.) posa com o troféu do Carioca ao lado
de Bruno e Mancha (Foto: Orlando Barros/Divulgação)
Se Pelé ganhou o apelido pela semelhança física com o Rei, o mesmo não se pode dizer de Tostão, agora no Lazio, da Itália. Oriundo de Botucatu, no interior de São Paulo, ele - que se chama Diego de Campos Leite - herdou o apelido do pai, este sim chamado de Tostão por ter um estilo de jogo parecido com o campeão mundial de 1970

- Meu pai (João Carlos Campos Leite) foi jogador e o apelido dele era Tostão. Quando comecei a jogar, era chamado de Tostãozinho, depois virei Tostão. Nunca me importei, achava até legal - divertiu-se.

Com 30 anos de idade, Tostão não chegou a ver o homônimo dos gramados jogar. Entretanto, as referências ao ex-atacante de Cruzeiro, Vasco e Seleção Brasileira são as melhores possíveis.

- Assisti alguns videos da Copa de 70. Meu pai mesmo fala que eu tenho o estilo do Tostão, de passe e articulação da equipe. Essa é uma característica minha, mas o Tostão era canhoto e eu sou destro. Meu pai é que era canhoto - comparou.

Sobre sua ausência para o decorrer da temporada, ele ressaltou que o elenco alvinegro tem outros jogadores que atuam na função de líderes.

Tostão, jogador de futsal do Botafogo (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com) 
Tostão, que deixou o Bota nesta semana, herdou o apelido do pai (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com)
- Não me considero o único líder, tanto que nosso capitão é o Diogo. Tem também o Mancha, Sakai e vários outros jogadores rodados. O grupo não pode ter um atleta só como líder, o importante é serem várias lideranças. Isso acontecia muito no Carlos Barbosa, que conquistou muitos títulos desse modo - finalizou.

Classificado como segundo lugar do grupo C da segunda fase, o Botafogo enfrenta o Joinville nas quartas de final. O primeiro jogo será na próxima quinta-feira, dia 30, no Tio Sam, às 19h, enquanto a partida de volta será somente no dia 8, em Joinville (SC). O SporTV transmite ao vivo os dois confrontos.

*Colaborou Matheus Tiburcio