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Presidente da Ferj, Rubens Lopes defende formato do Carioca e rebate: ‘Temos público, sim’

 

Rubinho pensa em inverter a Taça Rio com a Taça Guanabara em 2013
Rubinho pensa em inverter a Taça Rio com a Taça Guanabara em 2013 Foto: Fotos de Marluci Martins
 
 
Marluci Martins

Da janela de sua sala, o presidente da Federação do Rio, Rubens Lopes, fiscaliza a reforma do Maracanã. Enquanto isso, vai construindo na cabeça um modelo ideal para o Campeonato Estadual do ano que vem. Sua sugestão é inverter os dois turnos, começando com a Taça Rio e, em seguida, a Taça Guanabara. O que garantiria o dobro de clássicos na primeira fase da competição.

Está acompanhando, da janela, a obra do Maracanã?
Dá uma olhada... Dizem que o Maracanã ficará pronto em 28 de fevereiro. Estamos pleiteando que, tão logo fique pronto, seja colocado à disposição do Campeonato Carioca. Quem sabe no segundo turno?

Por que o senhor mantém na sua sala uma foto em que aparece ao lado do presidente do Botafogo, Maurício Assumpção? Seria um bom sucessor?
É um bom nome. Mas não sei o que pensariam os outros clubes grandes. Olha, já tirei foto também com a Patricia e o Roberto...

E o Peter? O presidente do Fluminense defende a exclusão de clubes pequenos e a redução do Estadual...
A tônica é a seguinte: se nos acomodarmos com o que temos, vamos andar para trás, involuir. Então, concordo com ele. Nosso Campeonato não é ótimo. Mas, que mudanças seriam indicadas? É preciso ter um estudo sobre o que não está satisfazendo.

Quando o Campeonato Estadual será discutido?
O primeiro arbitral será na segunda quinzena de setembro. O Campeonato de 2013 vai começar mais cedo, talvez na segunda semana de janeiro, por causa da Copa das Confederações.

Muda alguma coisa para 2013?
Não vamos mudar o número de clubes. Serão 16. O que pode mudar é o seguinte: A Taça Rio seria o primeiro turno; e a Taça Guanabara, o segundo. Veja bem: é só uma sugestão.

Por que essa mudança?
Porque teríamos um número maior de clássicos no primeiro turno. Também estamos pensando em rever o preço dos ingressos.

A ideia é melhorar o público?
Vamos desmistificar essa ideia de que o Carioca não tem público. O Engenhão recebe 15 mil pessoas, mas milhões assistem pela televisão. Temos público, sim.

Mas não seria importante lotar os estádios?
Sim. A presença de uma minoria no estádio torna o espetáculo frio. Uma pesquisa que apontou que a segurança fora do estádio é a preocupação do torcedor.

Rubinho não concorda com as críticas em relação aos baixos públicos do Carioca
Rubinho não concorda com as críticas em relação aos baixos públicos do Carioca
 
Os pequenos não tornam o campeonato deficitário?
Não. É preciso levar em conta que a receita não é exclusivamente a bilheteria. O Flamengo ganha R$ 300 mil para entrar em campo. Não há jogo deficitário. Deve-se agregar merchandising, bilheteria e direito de transmissão. Na Libertadores, o Flamengo ganhou da televisão só R$ 75 mil por jogo. E um clube pequeno ganha no Estadual R$ 400 mil para jogar todo o Campeonato. O Campeonato Carioca é mais rentável do que a Libertadores.

A fórmula do Carioca é melhor que a do Brasileirão?
É muito melhor. Temos seis decisões, podemos chegar a oito. Sem falar que, no Estadual, se o Vasco ganha do Flamengo, parece que ganhou a Copa do Mundo.

Pensa em alguma mudança na arbitragem para o próximo Estadual?
Vamos reavaliar a permanência ou não do tempo técnico. Será que vale interromper a dinâmica do jogo? Vamos avaliar também a importância dos árbitros adicionais. A dúvida é saber qual a posição exata em que devem ficar. E vamos ver o custo-benefício.

Está satisfeito com o nível de arbitragem?
A do Rio é excelente. Atingimos o profissionalismo.

Eles não erram demais?
Errar, eles erram. Mas a verdade é que os meios de diagnosticar os erros ficaram mais apurados. Há 20 anos, você não ouvia falarem em Alzheimer, não é? A doença existia, mas ninguém sabia o que o cara tinha.

O senhor esteve com (José Maria) Marín em Londres. Como vai a relação com a CBF?
Voltou a ser o que era na época do Ricardo Teixeira. Temos recebido apoio integral do atual presidente.