Encostado no Flamengo, Deivid era um dos camisas 9 pretendidos pelo Botafogo
Foto: Mauricio Val/VIPCOMM/Divulgação
A pressão da torcida pela contratação de um atacante que
possa dar mais agressividade ao time do Botafogo aumenta a cada partida.
Porém, fora das quatro linhas a diretoria vem encontrando sérias
dificuldades para avançar nas negociações e corre o risco de acabar
ficando sem nenhum nome que possa deixar a torcida mais confiante quanto
à sequência do trabalho. O presidente Maurício Assumpção segue tentando
encontrar alguma solução que não seja muito cara e chegue para
resolver, mas não conseguiu acerto com seus dois principais alvos,
Guilherme e Deivid.
O técnico Oswaldo de Oliveira pediu ao gerente de futebol Anderson
Barros a contratação de pelo menos mais um atacante. O Botafogo então
passou a trabalhar com o nome de Guilherme e chegou a receber do
presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, aval para apresentar uma
proposta ao jogador. Porém, com o centroavante André se transferindo para o Santos e as
lesões de Danilinho e Neto Berola, o técnico Cuca passou a usar
Guilherme com mais regularidade e o atleta desistiu de uma
transferência. Hoje, inclusive, é considerado titular do Atlético-MG.
O Botafogo então voltou as suas baterias para Deivid, que está encostado
no Flamengo. Maurício Assumpção procurou a presidente do clube
rubro-negro, Patrícia Amorim, tão logo ela retornou dos Jogos Olímpicos
de Londres e ouviu da boca dela que não iria se opor a uma
transferência.
Os flamenguistas devem cerca de dois anos de direitos de imagem ao
atleta e estariam dispostos a negociá-lo, pois ele não é tratado como
titular por Dorival Júnior. Uma pessoa ligada ao Alvinegro procurou
Deivid, mas se assustou com o salário que ele recebe na Gávea.
Paralelamente a isso, Anderson Barros fez uma pesquisa na América do Sul
para saber se existia algum nome interessante para reforçar o Alvinegro
e que não tivesse vínculo com nenhum clube. Apenas nestas condições um
atleta pode ser contratado após o fechamento da janela de transferências
internacionais, o que aconteceu em 20 de julho.
Porém nenhuma peça que motivasse a abertura de negociações foi
encontrada. Agora, o clube alvinegro volta as suas baterias para a Série
B do Campeonato Brasileiro e o nome a ser tentado é Zé Carlos,
artilheiro da competição pelo Criciúma. Porém, a boa fase do jogador
pode atrapalhar os planos.
Atualmente o elenco do Botafogo conta com três atacantes de origem. São
eles Sassá e William, revelados nas categorias de base, e Rafael
Marques, que chegou do futebol japonês por indicação de Oswaldo de
Oliveira, mas ainda não vingou e vem sendo hostilizado pelos torcedores.
A pressão sobre a diretoria aumentou porque ela emprestou Caio e Loco
Abreu para o Figueirense e negociou Alex e Herrera para o futebol dos
Emirados Árabes Unidos. Os quatro eram os principais atacantes de um
time que agora se vê obrigado a improvisar o apoiador Elkeson no setor.