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Vídeo/Em clima de adeus, Triguinho avalia como positiva sua passagem pelo clube

Lateral-esquerdo, que ainda não foi procurado pela diretoria e está na mira de clubes paulistas, diz que gostaria de ficar no Botafogo

Gustavo Rotstein
GLOBOESPORTE.COM, Rio de Janeiro




Triguinho disputará neste domingo a sua 57ª e muito provavelmente última partida com a camisa do Botafogo. O lateral-esquerdo tem contrato com o clube até 31 de dezembro, mas o fato de ainda não ter sido procurado deixa clara a intenção da diretoria. Na mira de clubes de São Paulo, ele faz questão de ressaltar a vontade de renovar o compromisso, mas ao mesmo tempo reconhece que os constantes atrasos de salários geraram a desmotivação pessoal e de todo o grupo.

- Antes de assinar contrato com o Botafogo quis saber se o clube cumpria os compromissos em dia. Afinal, nós temos família e contas a pagar. É impossível dizer que os atrasos não foram um dos motivos para a queda de produção na temporada. Acho que se não fosse isso, estaríamos lutando pelo título. Isso fica sempre na cabeça dos jogadores. Mas de resto, não tenho do que reclamar.

A diretoria do Botafogo já começou a entrar em contato com jogadores que terminam os contratos em 31 de dezembro, mas Triguinho até agora não entrou na lista, embora tenha sido titular durante toda a temporada. Por isso, ele entende que seu ciclo no clube está chegando ao fim. Seu destino, por enquanto, é o São Caetano, com o qual tem vínculo até dezembro de 2009.

- Queria ficar no Botafogo, por que não? Não tinha motivo para trocar de clube. Fui bem recebido por todos, tive adaptação rápida e não atrapalhei ninguém. Mas até agora a diretoria não me procurou. Independentemente do meu futuro, saio com a consciência tranqüila, pois me dediquei ao máximo em todas as partidas. Acredito que tive um ano bom, apesar de ter ficado muito tempo fora por causa de uma lesão - avalia.

No entanto, a última imagem de Triguinho no Engenhão é sua saída lenta de campo ao ser substituído no segundo tempo da partida contra o Figueirense, quando o Botafogo perdia por 2 a 0. Ele garante que a atitude nada teve a ver com falta de comprometimento, mas tratou-se de um protesto contra Ney Franco.

- Senti que estava bem na partida e fiquei chateado, porque acho que o treinador não deveria me tirar. Sei que a torcida é apaixonada, mas não deixei de correr. Lógico que existe uma cobrança quando a equipe não está bem, mas qual jogador gosta de sair?

Triguinho sai do Botafogo com 57 partidas disputadas, incluindo a deste domingo, contra o Palmeiras. Foram dois gols marcados, na vitória por 7 a 0 sobre o Macaé, pelo Campeonato Carioca, e nos 4 a 0 sobre o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Ambas os jogos aconteceram no Engenhão.