Total de visualizações de página

VAMOS AJUDAR O PAULO MARCELO SAMPAIO?


Por Cesar Oliveira - Canal Botafogo


Em 26/12/2008


Cricrizada Amiga:


Inicialmente, espero que o Natal de todos vocês tenha sido de paz e felicidade, junto às suas famílias. Que Jesus nos abençoe a todos para que tenhamos saúde e paz para o novo ano que se inicia.


Não sei se vocês já sabem, mas o jornalista Paulo Marcelo Sampaio, nosso bom amigo, editor da Globonews e criador do blog “Arquiba Botafogo” (http://blog.arquibabotafogo.com/) está escrevendo “Os Dez Mais do Botafogo”, da coleção “Ídolos Imortais”, que a Maquinária Editora, do meu neo-amigo Paschoal Ambrosio Jr. e o jornalista Roberto Sander fundaram recentemente. Dessa coleção, já saíram os “dez mais” do Flamengo e do Corinthians.


Coleções, coletâneas e listas disso e daquilo, especialmente em finais de ano, como o que estamos vivendo agora, sempre trazem controvérsias, ainda mais quando embaladas ao sabor do futebol.


No livro do Flamengo, os mais empedernidos (e, digo eu, menos informados) rubro-negros reclamaram a ausência do Rondinelli, o “deus da raça”. No seu lugar entrou o Dequinha, no voto de minerva dado pelo editor e autor Roberto Sander.


No livro do Corinthians, não sei de “causos” como este, mas meu amigo Lorismario Simonassi me ligou da roça goiana para me dizer, às gargalhadas, que “eles devem ter tido um trabalho danado para arrumar dez, enquanto nós teremos dificuldades para colocar só dez”.


É verdade. Essa coleção já suscitou dois casos interessantes, que eu conto a vocês agora.


Quando o livro do Sander foi lançado, anunciaram que o do Corinthians estava a caminho e seria escrito pelo conhecido jornalista (e “louco por futebol”) Celso Unzelte.


Na lista de discussão do Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol (do qual, com muito orgulho, sou o coordenador carioca – eu jamais me auto-proclamaria “fluminense”...), escrevi uma mensagem dizendo que eu teria muitas dificuldades para colocar apenas dez jogadores do Botafogo, se tivesse sido convidado para essa incumbência.


Na mesma hora, um companheiro da lista, que tem muito mais participantes paulistanos do que de outros naturalidades, postou um comentário jocoso, desairoso ao Botafogo. E veio com aquelas churumelas lamentáveis da final de 95, só faltou falar do “empurrãozinho” de 1989, falou de nossos poucos títulos e que nossos ídolos eram “fotos amareladas e envelhecidas”.


Pra quê?


Respondi, imediatamente, com quatro pedras na mão. Mandei-o para lá e acolá, tomar em todos os orifícios que lhe fosse possível etc. Enfim, baixei o nível, entrei com as quatro patas da ignorância no peito dele e deletei o cara pelo webmail.


Não demorou muito para que as pessoas realmente interessadas em discutir futebol em alto nível reclamassem do idiota. Ao mesmo tempo, me desculpei com os integrantes porque realmente exagerei. Aliás, o Rafael Casé, que também faz parte da lista, me foi solidário, baixou o sarrafo e também se desculpou.


O fato é que o sujeito foi simplesmente expulso da lista.


A outra aconteceu no dia do 34º. aniversário do meu filho mais velho. Estávamos comemorando no bar “Enchendo lingüiça”, no outrora bucólico bairro do Grajaú, zona norte do Rio de Janeiro, em meio a calderetas de weiss bier, joelhos de porco defumado, chucrute e salada de batata, quando levantei a história dos “dez mais”. E repeti que teria dificuldade em eleger só dez do Botafogo.


Não deu outra.


O pau comeu, quem é que tem “dez mais” mais do que os “dez mais” desse e daquele time mas, principalmente – e foi por aí que eu conduzi o debate-boca – a tentativa de achar um critério que nos permita definir o seguinte:


O que é que faria um jogador ser eleito no “hall da fama” de um time brasileiro de futebol?


Resolvei levantar essa discussão aqui no “Canal Botafogo” porque acho que é um papo muito interessante. Na verdade, o que me interessa saber, em suma, é...


QUEM SÃO OS SEUS “DEZ MAIS DO BOTAFOGO?


Vale a discussão. De critérios e de nomes. Mas fiquem cientes de que os “dez mais” do PM Sampaio já estão eleitos e ele já está quase finalizando o livro. Mas o debate pode ser muito rico e interessante.


É natural que a garotada mais nova dê mais importância a Túlio, quem sabe Lucio Flavio. O pessoal menos novinho, vai falar de Maurício e Mendonça, talvez Alemão.


Passa um pouco e tem gente que, como eu, vai falar da geração 1957-1962, a mais vitoriosa na história do Botafogo, um tempo de craques inacreditáveis, lendas e legendas, até extra-terrestres como Mane Garrincha.


Mas como esquecer que Nilo Murtinho Braga escreveu seu nome na história do Botafogo? Que Carvalho Leite foi três vezes artilheiro do Carioca? Que Heleno de Freitas não ganhou nada mas era um gênio? É discussão pra mais de metro e muitas e muitas canecas de chope.


Então, levanto aqui uma bola para vocês matarem no peito, aparar na coxa, deitar a maricota – macia e suave – no relva verdejante e disparar suas opiniões.


QUEM SÃO, EM SUA OPINIÃO, OS “DEZ MAIS” DO BOTAFOGO?


Ao longo das próximas semanas do mês de janeiro, vou coletar esses dados, para gerarmos um painel completo do que o freqüentador do “Canal Botafogo” acha.


Considero fundamental responder usando os critérios da coleção “Ídolos Imortais”, que são os seguintes (observem – por favor – os destaques, que coloquei em maiúsculas):


preservar a memória de jogadores que, AO LONGO DO SÉCULO PASSADO, tiveram um papel de destacada relevância na construção da nossa identidade nacional.


FELIZ ANO NOVO A TODOS!


Saudações Botafoguenses,

Cesar Oliveira