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Colunista crê que Maracanã será mais popular só depois da Copa

Fábio Seixas afirma que Fifa exige conduta comportada de torcedores no estádio, mas aposta que consórcio mudará regras após o fim do Mundial

 

Por SporTV.com Rio de Janeiro


A forma como o torcedor poderá se comportar no novo estádio do Maracanã ainda é uma dúvida, mas promete ser revelada na medida em que os clubes cariocas fecharem acordos para mandar seus jogos no local. Com Fluminense assinado e Botafogo e Flamengo próximos de um acerto, o consórcio administrador do estádio planeja, contudo, criar um código de conduta para o público, que pode incluir vetar bandeiras, instrumentos musicais e pessoas sem camisa. Na opinião do colunista do jornal "Folha de S. Paulo" Fábio Seixas, a tendência é de que o comportamento dentro da arena seja influenciado pelas exigências da Fifa para a Copa do Mundo, mas se torne menos formal após o fim do torneio.

- Este é um cenário impossível (de proibir torcedores de tirar a camisa). Existe uma questão da Copa ser daqui a um ano. A Fifa está monitorando o que acontece com as arenas, mesmo não estando no dia-a-dia. Acho que, depois de Copa, as coisas vão se assentar. Vai haver espaço para todo mundo. O próprio consórcio vai perceber que é melhor criar um setor mais popular, por uma questão de volume, do que deixar espaço vazio. Vai ter espaço para quem quer ir de "black tie" e para quem quer ir de bandeirão, sem camisa - opinou no "Redação SporTV".

torcida Fluminense no Maracanã (Foto: Photocamera) 
Bandeiras e faixas marcam comemorações no
antigo Maraca (Foto: Photocamera)
 
O colunista do "O Globo" Arthur Dapieve destacou que estádios na Europa, como os de Alemanha e Itália, permitem todos os tipos de torcedor em suas arquibancadas.

- Na Itália, tem as famosas curvas. Atrás dos gols ficam as torcidas organizadas, com bandeirão, em pé. Quem quer ver o jogo sentado, compra o ingresso mais caro que fica ao longo do campo. Na medida em que o Fluminense ficou com os ingressos atrás dos gols, o verdadeiro torcedor vai torcer à maneira antiga e ocupar aquele espaço - apontou.

Fábio Seixas ressaltou, no entanto, que o interesse do consórcio em melhorar o conforto dos torcedores do Maracanã é válido, de forma a tornar o espetáculo mais civilizado.

- Uma coisa é ter uma torcida civilizada. Acho ótimo não ter alambrado, com a torcida se acostumando a não invadir o campo. Outra coisa é impedir torcedor de tirar a camisa. Tirar a camisa é uma das coisas mais legais em um jogo de futebol - disse.

O primeiro jogo do Maracanã com times cariocas após a sua reabertura acontece no dia 21 de julho, quando Fluminense e Vasco se enfrentam pela 8ª rodada do Brasileirão. A partida acontece às 18h30m (de Brasília). O Tricolor, que já assinou com o consórcio, terá à sua disposição cerca de 43 mil ingressos para venda.