Botafogo diz ter documento no MP que segura clássico contra o Vasco no Engenhão
Departamento jurídico do Botafogo usa suposto papel assinado por vascaíno Roberto Dinamite no início do ano como trunfo
Vinícius Perazzini
Rio de Janeiro (RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Apesar do esforço do Vasco em tentar levar o clássico contra o Botafogo para São Januário, o duelo de 13 de novembro deve ser no Engenhão. O departamento jurídico do Botafogo garante que tem como trunfo para evitar a mudança do local um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo presidente cruz-maltino, Roberto Dinamite, no início de 2011, que inviabilizaria a realização de clássicos na Colina Histórica.
O TAC foi proposto pelo Ministério Público aos clubes da elite do futebol nacional com o objetivo de saber de cada instituição as condições de segurança que seus estádios apresentam. De acordo com José Mauro Filho, vice jurídico do Botafogo, Dinamite fez valer o documento que eliminaria as pretensões vascaínas.
- O Vasco esqueceu o documento que o Roberto Dinamite assinou no Ministério Público. Para o Vasco jogar em São Januário, vai ter que passar por cima do MP. Os termos são contundentes - afirmou o dirigente.
Detalhes sobre o TAC não puderam ser divulgados, mas nos bastidores o Botafogo vê como quase certo que o clássico será no Engenhão. José Mauro Filho passou esta quinta-feira na CBF e transmitiu para a presidência alvinegra que a chance de modificação na tabela é quase nula.
Esta quinta-feira foi o prazo limite para documentar a mudança de estádio. O Estatuto do Torcedor não permite que o lugar do jogo seja alterado em um prazo mínimo de dez dias, porém, a CBF confirmou pela tarde que recebeu o pedido do Vasco para mandar o jogo em São Januário e adiou para sexta-feira a divulgação do local.
De acordo com a assessoria da CBF, a entidade ainda não recebeu o parecer da Polícia Militar, dando ou não o aval para a realização da partida na casa vascaína. A PM não se pronunciou nesta quinta-feira sobre as condições de segurança na Colina.
Não existe um documento feito entre os quatro grandes do Rio de Janeiro para garantir local de jogo, renda igual e número de lugares iguais em cada clássico no Brasileiro. Esse acordo era apenas verbal.