Gol do Inter vira exemplo, e jogadores concordam e reiteram que falta de atenção e de pegada vêm sendo vilã para marca negativa no Brasileirão
Os 11 gols em cinco partidas incomodam o Botafogo. Entre jogadores e comissão técnica, a média negativa é tratada como a responsável pelo fato de o clube não estar ainda mais bem colocado na tabela do Brasileirão. Mas nada de tirar o sono. No discurso, a necessidade de integrar a marcação e evitar erros bobos, como o que resultou na vantagem do Inter, no último sábado, no Beira-Rio, vem sendo vista como a solução para as próximas rodadas do Campeonato Brasileiro.
Na última ocasião, assim como diante do São Paulo e Coritiba, a equipe virou a partida, mostrando poder ofensivo, que pode ser desfalcado com as saídas de Maicosuel, Herrera e até Loco Abreu, que não tem propostas concretas como os outros, mas está insatisfeito com a reserva. Desta vez, Antônio Carlos volta após 45 dias lesionado, mas sua presença não é a única solução.

Botafogo bateu cabeça defensivamente em alguns momentos (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
- É um zagueiro experiente, fala bastante, mas Brinner e Fábio Ferreira fizeram grandes partidas. Foi mais a falta de atenção que temos conversado aqui. Eu fui reclamar com o árbitro, todos pararam e tomamos o gol numa falta cobrada rapidamente. A maioria foi assim, em coisas bobas. Com mais atenção, isso vai diminuir. É um conjunto, temos que nos dedicar à marcação. Temos qualidade na frente, mas, se começarmos lá no ataque a ajuda, as vitórias são sair com mais facilidade - acredita o meia Fellype Gabriel, autor do gol da vitória sobre o Colorado, que levou o Glorioso à quarta posição, com nove pontos ganhos.
Destaque desde que se firmou como titular do Alvinegro, há um mês, Vitor Júnior também exime o sistema defensivo de culpa e reforça a vocação natural do time de Oswaldo de Oliveira, que anotou 13 gols, em contrapartida, e surge como o ataque mais positivo de forma isolada.
- Vamos fazer mais a nossa parte lá na frente. Se tivermos desatenção, vai estourar atrás e não podemos botar culpa nenhuma na defesa. Eu falhei contra o Náutico (em bola recuado, no terceiro gol do rival). Dá para corrigir num todo, é questão de tempo e pequenos acertos. Nossa equipe é veloz, sai bem nos contra-ataques e pode dar um jeito de melhorar isso.
O próximo adversário é a Ponte Preta, domingo, no Engenhão.