
(Crédito: Paulo Sérgio)
Danilo Santos RIO DE JANEIRO
Rodrigo Ciantar RIO DE JANEIRO
Contratado no fim de 2008, Emerson chegou como última opção. Entretanto, foi o único zagueiro a permanecer, hoje é titular e fez seu primeiro gol pelo clube no dia seguinte ao aniversário.
Prova de superação? Quase nada, se comparada à trajetória do camisa 4, que serve de exemplo para os companheiros e tenta manter a boa fase nesta quarta, às 19h30, contra o Americano, no Engenhão.
Três anos após entrar na base do Cruzeiro, ele sofreu um baque, com a morte da mãe. Como o pai residia em outra cidade, teve de morar na Toca da Raposa. Até ser adotado, com 14 anos.
– Apesar de todos me acolherem bem no clube, um garoto sente a diferença. Não tinha uma presença familiar, uma mãe. Foi uma nova chance na minha vida, dada pela dona Nilma e pelo marido dela. O filho, Henrique, jogou até o juvenil lá e depois parou, era um irmão para mim.
Até hoje ela me apresenta como filho, devo tudo a ela – diz.
Orgulhosa e emocionada, dona Nilma, de 48 anos, confirma a história. Mesmo morando em Minas Gerais, ela ainda conversa constantemente com Emerson.
– Desde pequeno, ele vivia mais na minha casa do que na dele, jogava com meu filho. Quando a mãe faleceu, convidei para morar conosco. Já era de casa mesmo. Tornou-se meu filho emprestado. Considero que ele é que me adotou – brinca.
A lição dada pela vida ensinou muito a Emerson. Tanto que ele a compara com os problemas vividos pelo Botafogo no fim de 2008.
– Assim como aconteceu comigo, o clube passou por momentos ruins. Mas com trabalho está, ou estamos, dando a volta por cima. Hoje, vivo o melhor momento da carreira. Mas quero mais. Assim como o Botafogo. Temos de buscar mais conquistas – disse ele, que já sonha com um gol hoje:
– Falei com minha esposa que, depois que sai o primeiro gol, fica mais fácil (risos). Agora estou mais confiante e devo fazer mais gols.
A CARREIRA DE EMERSON:
Início
Com apenas 11 anos, Emerson ingressou nas divisões de base do Cruzeiro.
Com apenas 11 anos, Emerson ingressou nas divisões de base do Cruzeiro.
Dureza
Aos 14, ele perdeu a mãe e foi morar na Toca da Raposa, onde teve dificuldades por estar sozinho. Até que dona Nilma, mãe de um amigo, resolveu o adotar.
Aos 14, ele perdeu a mãe e foi morar na Toca da Raposa, onde teve dificuldades por estar sozinho. Até que dona Nilma, mãe de um amigo, resolveu o adotar.
Rodagem
No Cruzeiro, Emerson conheceu Ney Franco. Lá ficou até os 21 anos, quando se transferiu para o Nacional da Ilha da Madeira (POR). Ficou lá de 2003 a 2007.
No Cruzeiro, Emerson conheceu Ney Franco. Lá ficou até os 21 anos, quando se transferiu para o Nacional da Ilha da Madeira (POR). Ficou lá de 2003 a 2007.
Fogão
No fim de 2008, pedido por Ney Franco, chegou ao Botafogo. Fez 18 jogos pelo clube até o momento e um gol.
No fim de 2008, pedido por Ney Franco, chegou ao Botafogo. Fez 18 jogos pelo clube até o momento e um gol.